Brasil

PF mira braço do PCC que comandava tráfico e lavagem de R$ 7 milhões

A Operação Caixa-Forte é realizada em quatro estados na manhã desta sexta-feira (9/8). Segundo a Polícia Federal, o setor movimentou mais de R$ 7 milhões em menos de um ano

Hellen Leite
postado em 09/08/2019 08:39
O setor era responsável por gerenciar o tráfico de drogas, distribuindo os entorpecentes que garantem o sustento da organização criminosaA Polícia Federal (PF) realiza nesta sexta-feira, (9/8), a operação Caixa-Forte para combater um setor financeiro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A operação mira o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. São 52 mandados de prisão preventiva, 48 mandados de busca e apreensão, 45 mandados de sequestro de valores/bloqueio de contas bancárias nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Segundo a PF, as investigações tiveram início em novembro de 2018 para combater a estrutura da facção denominada ;Geral do Progresso; que movimentou mais de R$ 7 milhões em menos de um ano. Eles atuavam em todo o território nacional.

O setor era responsável por gerenciar o tráfico de drogas, distribuindo os entorpecentes que garantem o sustento da organização criminosa. Além disso, os criminosos também orquestravan a lavagem de dinheiro dos valores que ganhavam com o tráfico. Para dissimular a natureza do dinheiro, eles cooptavam e utilizavam contas bancárias de pessoas aparentemente estranhas ao grupo.

"A Operação de hoje reforça, mais uma vez, a estratégia de combater o tráfico de drogas e as organizações criminosas não apenas pelas apreensões de entorpecentes e prisões de traficantes, mas principalmente pela descapitalização das facções através da identificação dos responsáveis pela lavagem de dinheiro, bloqueio de suas contas e sequestro de seus bens", informou a Polícia Federal em nota.

Lavagem de dinheiro


Os criminosos evitavam movimentar grande quantidade de dinheiro. Eles utilizavam o método de ;depósitos fracionados;, realizando depósitos bancários de pequenas quantias em diversas contas. Era assm que buscavam não ativar os gatilhos de comunicação de atividade suspeita às autoridades de controle de atividades financeiras (COAF), previstos na Lei de Combate à Lavagem de Dinheiro.

Depois, o dinheiro era transferido a outras contas ou mesmo sacado em caixas eletrônicos. Foram identificadas 45 contas bancárias, todas bloqueadas e com os valores sequestrados judicialmente. Os números das contas eram enviados por integrantes de outro setor da facção, denominado "Resumo integrado do progresso dos estados e países", responsável também pelo recebimento dos comprovantes para a realização da contabilidade geral dos valores movimentados.

Os detidos estão sendo investigados pelos crimes de tráfico de drogas, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro, somadas, as penas podem chegar a 33 anos de prisão.

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