Brasil

Protesto por todos os lados

postado em 13/08/2019 04:04
Mulheres indígenas ocuparam prédio do Ministério da Saúde, na Asa Norte, contra a municipalização da saúde

Manifestações contra os cortes na educação, em defesa da autonomia universitária e contra o programa Future-se, devem ocorrer em todo país hoje. Mais de 150 atos, organizados pela União Nacional dos Estudantes (UNE), pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e pela Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPg), estão previstos para cerca de 200 municípios. Em Brasília, a concentração está marcada para as 9h em frente ao Museu Nacional. Pelos cálculos da UNE, em média, 2 milhões de manifestantes vão às ruas em todo o país.

O contingenciamento de verbas destinadas ao ensino público e a rejeição ao Future-se, programa que pretende criar parcerias público-privadas para as instituições de ensino superior, são as principais pautas do movimento. Porém, os protestos também defenderão as bolsas do ProUni e a valorização da educação como um todo. Segundo o presidente da UNE, Iago Montalvão, se os recursos bloqueados pelo MEC não forem recuperados até o fim de agosto, ;várias universidades vão parar de funcionar;.

Indígenas


Quando não é a educação, é a saúde. Ontem, grupos indígenas ocuparam o prédio do Ministério da Saúde, na Asa Norte. Cerca de 1.500 mulheres de várias etnias reivindicavam melhorias na área. O protesto é contra a municipalização da saúde indígena, que prevê que eles sejam atendidos em centros de saúde como os demais cidadãos ; hoje, o atendimento é feito nas próprias aldeias, com treinamento específico dos profissionais ;, e pedem a saída da secretária especial de Saúde Indígena, Silvia Waiãpi.

Segundo a coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, Sônia Guajajara, ;colocaram uma secretária indígena na pasta para dizer que tem representatividade, mas ela não tem compromisso com a nossa gente. Queremos o fortalecimento da saúde especial e dos subsistemas. Além disso, somos contra a legalização da mineração, do desmatamento. Não vamos aceitar política genocida do governo Bolsonaro;, disse.

Maisa Guajajara, 26 anos, veio do Maranhão para participar do ato. ;A saúde indígena está fragilizada, não temos assistência de carro. Tem criança e idoso morrendo por falta de atendimento. O país tem que saber da nossa situação nas aldeias.;

* Estagiária sob supervisão de Rozane Oliveira


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