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Rio Paraopeba começa a receber processo de dragagem em Brumadinho

Previsão de término da limpeza é para julho de 2020, quando deve recuperar o rio

Estado de Minas
postado em 20/08/2019 15:34
Início da limpeza do Rio ParaopebaO Rio Paraopeba, atingido pelos rejeitos de minério após o rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, começa a ter o seu leito limpo. O processo de dragagem é realizado pela Vale, mineradora responsável pela barragem B1 que rompeu em 25 de janeiro, deixando 248 mortos e ainda 22 desaparecidos.

[SAIBAMAIS]O Rio Paraopeba, atingido pelos rejeitos de minério após o rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, começa a ter o seu leito limpo. O processo de dragagem é realizado pela Vale, mineradora responsável pela barragem B1 que rompeu em 25 de janeiro, deixando 248 mortos e ainda 22 desaparecidos.
O planejamento é que as atividades de dragagem sigam até julho de 2020, começando na confluência do Ribeirão Ferro-Carvão com o Rio Paraopeba e seguindo por cerca de 2 km a jusante deste ponto. Nesse trecho, estima-se que estejam depositados entre 300 mil m; e 350 mil m; do material que vazou da B1.

Para executar a dragagem, a empresa afirmou que realizou a limpeza da área por meio da remoção de materiais e galhadas e só iniciou as ações após inspeção e liberação do Corpo de Bombeiros. Para o processo de dragagem foram instalados oito pontos de monitoramento de água e sedimentos na área de influência da atividade.

De acordo com a Vale, a remoção dos rejeitos entre a B1 e a nova ponte da Avenida Alberto Flores, resultou em cerca de 750 mil m; de material.

Sistema integrado

Após a dragagem, a água é bombeada por tubulação para bolsas geotêxteis (geobags), que têm a função de reter o rejeito dragado. A água sairá pelos poros drenada dessas bolsas e, na sequência, passará por processos de precipitação, filtragem e adsorção química. Esses procedimentos têm como objetivo separar os sólidos que ainda podem estar presentes na água após ela passar pelas bolsas geotêxteis.

A água, então, será devolvida tratada e dentro dos padrões legais ao rio Paraopeba. Os sólidos nos tubos geotêxteis serão monitorados, classificados e integrados ao meio ambiente através de reaterro e revegetação de toda área.

Capacidade de tratamento

O tratamento da água dragada será realizado na nova Estação de Tratamento de Água Fluvial (ETAF) implantada pela Vale. A ETAF Lajinha, como foi batizada, tem capacidade para tratar 2,25 milhões de litros por hora, ou 54 milhões de litros por dia. Com isso, a capacidade total da empresa para tratar água em Brumadinho deve dobrar, uma vez que a empresa já opera outra estação na região, a ETAF Iracema (Ferro-Carvão), com capacidade de tratamento de 2 milhões de litros por hora (48 milhões de litros por dia).
O sistema de captação e tratamento de água da ETAF Lajinha conta com duas dragas, uma bacia de tratamento, uma bacia pulmão (água tratada), uma planta química, seis bombas centrífugas e 10 filtros.

A atividade de dragagem e a implantação do sistema de tratamento de água integra o Plano de Contenção de Rejeitos apresentado pela Vale aos órgãos públicos, após o rompimento da barragem B1, na mina Córrego do Feijão. A ETAF tem como objetivo reduzir a turbidez da água e devolvê-la tratada ao rio.

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