Agência Estado
postado em 22/08/2019 13:50
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse nesta quinta-feira, 21, que a Europa utiliza o discurso ambiental do desmatamento no Brasil para proteger sua própria produção. Segundo ele, "o Brasil desmata, mas não no nível e no índice que é dito" e os europeus têm dois motivos principais para atacar o país: confrontar os princípios capitalistas e impor barreiras ao crescimento brasileiro.
"O Brasil é país que cuida muito bem do seu meio ambiente, não precisamos de lição de ninguém", disse, completando: "Não podemos ser ingênuos. Europeus usam questão do meio ambiente por duas razões: a primeira para confrontar os princípios capitalistas. Desde que caiu o muro de Berlim, uma das vertentes para a qual a esquerda europeia migrou foi para a questão do meio ambiente. E, segundo, impor barreiras ao crescimento e ao comércio com o Brasil, porque eles têm que proteger os produtores deles", disse.
O ministro disse que a Europa criava dificuldades ao País nas últimas décadas por meio da febre aftosa. E que agora, como a doença está controlada, encontrou outra alternativa para atacar o Brasil. "Porque eles têm tanto interesse em criar dificuldades ao Brasil? O Brasil é grande competidor em commodities, em bens minerais, é ultimo grande repositório da humanidade em biodiversidade", afirmou.
Onyx emendou ainda que o Brasil vem sofrendo um ataque nessa questão e disse que o presidente Jair Bolsonaro está defendo o País. O ministro disse que esse ataque teria começado com diplomatas brasileiros e funcionários do Itamaraty "agredindo o Brasil apenas porque a sociedade brasileira escolheu Bolsonaro como presidente". "As mentiras ditas na Europa podem ser feitas? De que o Brasil é um país que desmata", disse, reconhecendo em seguida, após ser questionado pelos jornalistas, que há desmatamento no país.
O titular da Casa Civil disse que a Polícia Federal e o Ibama estão atuando para conter ilegalidades e afirmou que o Brasil tem uma legislação ambiental muito rígida. "Se tu me mostrar um país europeu que tem um código florestal que de longe se assemelha ao do Brasil, aí eu posso reconhecer alguma razão nas críticas. Qual país exige que seu produtor rural reserve 20%, 40% ou 80% da sua propriedade, sem indenização, como reserva legal?", disse.