postado em 28/08/2019 04:05
Há cerca de seis meses nas mãos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o inquérito que apura transações imobiliárias suspeitas em contas do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) ainda não avançou na Corte. Desde que deixou a Justiça Federal do Rio de Janeiro, em fevereiro, a investigação sobre suposta prática de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica do filho do presidente da República segue parada no tribunal e é tratada sob sigilo.A apuração começou em 2018, pela Polícia Federal carioca. À época, Flávio era deputado estadual no Rio. De acordo com a corporação, foi analisado aumento de patrimônio incompatível com as atividades desenvolvidas por ele. A suspeita é de que lavou dinheiro por meio da venda de imóveis entre 2016 e 2017 e mentiu em declarações realizadas à Justiça Eleitoral.
Segundo a PF, Flávio teria feito 19 operações envolvendo imóveis no Rio. Em um dos casos, ele informou à Justiça Eleitoral, em 2016, que o valor era de R$ 846 mil, mas, na escritura, no fim do mesmo ano, o registro apontava R$ 1,7 milhão.