postado em 30/08/2019 04:04
O ministro da Saúde, Luis Henrique Mandetta, anunciou que, em 2020, a pasta atuará firmemente para tirar do papel o projeto de reorganizar as cidades brasileiras em distritos sanitários, que passarão a compartilhar alguns serviços de saúde pública. ;A equipe [ministerial] já está trabalhando e, agora, começa a regionalização. Ano que vem, a regionalização vai sair do papel;, disse Mandetta durante a 7; Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite, em Brasília, informou a Agência Brasil.
O fórum, responsável por pactuar a organização e o funcionamento das ações e serviços de saúde integrados em redes, tem a participação de representantes do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Ontem, foram debatidos temas como a reestruturação da atenção primária à saúde, o aprimoramento do programa Mais Médicos e a situação do sarampo no Brasil.
Discutida há anos, a regionalização é uma pauta encampada por Mandetta desde que assumiu o ministério. Outra linha de ação defendida por Mandetta é a necessidade de tornar os gastos mais eficientes em um cenário de crise financeira. ;Há que se fazer mais com o que temos. Essa tem sido a tônica do ministério. Por isso, a gente fica segurando despesas, para ver se conseguimos melhorar um pouco a performance. Os investimentos vão ser basicamente para melhorar nossas condições de gestão;, disse Mandetta.
O ministro fez críticas às emendas impositivas de parlamentares. Elas ;criaram uma massa de recursos muito grande a ser ordenada pelos parlamentares, às vezes, sem qualquer conexão com o gestor. E a ordenação [de despesas] pela ótica política, normalmente, não dá certo. São mais de R$ 10 bilhões;, disse o ministro, acrescentando não ter um formato alternativo.
;Ou acreditamos que a presença do Estado tem que ser menor em áreas em que ele não tem que estar, que a performance tem que ser melhor e que temos que parar de gastar dinheiro desnecessariamente e estimular a economia, ou...;, disse o ministro, sem concluir o pensamento. Ele afirmou que está conversando com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre as urgências financeiras do setor.