postado em 02/09/2019 04:04
Internado desde 19 de agosto no Hospital Sírio Libanês, o ex-governador de São Paulo Paulo Alberto Goldman morreu ontem. Aos 81 anos, ele havia sido submetido a uma cirurgia depois de passar mal durante um procedimento para o tratamento de um câncer.
O político deixa a esposa Deuzeni Trisoglio e dois filhos do atual casamento, além de outros três do casamento com a artista plástica Sara Goldman. Nascido na capital paulista, Goldman era formado em engenharia civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e em piano pelo Conservatório Musical.
Ele iniciou a vida política na época de estudante ao se tornar militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Em 1970, foi eleito deputado estadual pelo MDB (antigo PMDB). Desde então, acumulou 40 anos de vida pública, com dois mandatos como deputado estadual e seis como deputado federal, além de ter ocupado três secretarias estaduais e o Ministério dos Transportes no governo de Itamar Franco.
Em 2006, foi eleito vice-governador de São Paulo ao lado de José Serra. E, em abril de 2010, com a candidatura de Serra à Presidência da República, virou governador, ficando no cargo até 1; de janeiro de 2011.
Após o primeiro turno da eleição do ano passado, o diretório municipal do PSDB, partido ao qual Goldman era filiado desde 1997, decidiu expulsá-lo por supostamente ter feito campanha a favor de Paulo Skaf (MDB) e contra João Doria, seu desafeto, no primeiro turno da eleição para o governo do Estado. A executiva nacional, no entanto, divulgou nota declarando que a decisão era inócua, porque o ex-governador ocupa o cargo de secretário de Relações Internacionais do PSDB nacional.