Brasil

Contra fake news, ministério faz apelo pela vacinação contra sarampo

Um bebê de sete meses morreu vítima da doença nesta segunda-feira (2/9), em Pernambuco

Catarina Loiola*
postado em 03/09/2019 06:00
Um bebê de sete meses morreu vítima da doença nesta segunda-feira (2/9), em PernambucoA Secretaria de Saúde de Pernambuco confirmou nesta segunda-feira (2/9) a morte de um bebê de sete meses, por sarampo, na cidade de Taquaritinga do Norte. A morte ocorreu no dia 17 de agosto, mas a causa só foi confirmada nesta segunda-feira (2/9), após a realização de análises laboratoriais. É o primeiro óbito por sarampo no estado desde 2013. De acordo com a secretaria, Pernambuco teve 13 casos da doença confirmados neste ano.

Para combater a expansão da doença, o Ministério da Saúde vem reforçando os canais de informação à sociedade. O canal de atendimento Saúde sem Fake News, em um ano de existência já esclareceu 106 notícias falsas diferentes, por meio de mais de 11.500 dúvidas, até 27 de agosto.

Entre as mensagens recebidas, a vacinação se destaca como o principal tema tratado pela ferramenta. Mais de 25% das mensagens analisadas foram enviadas de São Paulo, estado que mais registrou casos de sarampo. O Distrito Federal enviou apenas 6,27% do conteúdo. O atendimento ocorre por meio de número no WhatsApp, em que qualquer cidadão pode enviar mensagem de texto ou arquivo multimídia contendo fake news.

;A propagação de informação errada sobre saúde é tão grave que pode até matar;, informa o ministério. ;Por isso, mantemos sempre a divulgação do Canal Saúde sem Fake News em destaque para que cada vez mais as pessoas tenham o conhecimento deste canal direto para o esclarecimento de suas dúvidas.; O número do canal Saúde sem Fake News é (61) 99289-4640.

O Brasil registrou 2.331 casos confirmados de sarampo em 13 estados, entre 2 de junho e 24 de agosto, segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado em 28 de agosto. Em São Paulo, que contabiliza 99% das ocorrências, três pessoas faleceram por causa da doença. As vítimas foram um homem de 49 anos e dois bebês, um de nove meses e outro de quatro. O homem não tinha recebido nenhuma dose da vacina ao longo da vida, e tinha histórico de comorbidade, segundo o ministério.

Menores de um ano são o grupo etário mais vulnerável à doença, porque ainda não recebeu nenhuma prevenção contra o vírus. Por esse motivo, foi desenvolvida a dose zero, vacinação extra para crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias. O Ministério da Saúde começou o envio de 1,6 milhão de doses extras da vacina tríplice viral a todos os estados, em 28 de agosto, para garantir a dose extra contra o sarampo a todo o público-alvo. A tríplice viral combate sarampo, caxumba e rubéola.

Segundo o Ministério da Saúde, a maior dúvida recebida no canal Saúde sem Fake News, relacionado ao sarampo, é quem deve ou não receber a vacina. A resposta é que pessoas que já tiveram a doença na infância não precisam se vacinar novamente, a não ser que não se recordem ou não tenha em mão a carteira de vacinação. A recomendação é que a imunização ocorra novamente para prevenir.

O Calendário Nacional de Vacinação prevê duas doses a partir de 12 meses a 29 anos de idade e uma dose entre 30 e 49 anos de idade. De acordo com o Ministério, atualmente, a cobertura de proteção das crianças vacinadas é de cerca de 93% para a primeira dose e de 97% para a segunda.

*Estagiária sob supervisão de Odail Figueiredo

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