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Brasil ainda pode ser líder ambiental

Correio Braziliense
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postado em 09/09/2019 04:04
Muñoz:

Fundador da premiada empresa de reciclagem TriCiclos e nomeado ;champion;, uma espécie de embaixador, da Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas (COP25), que vai acontecer em novembro, no Chile, o especialista em gestão ambiental chileno Gonzalo Muñoz acredita que o Brasil ainda pode se destacar mundialmente como provedor de serviços ambientais. ;Não tenho nenhuma dúvida de que a riqueza natural, industrial e cultural do Brasil representa uma oportunidade fabulosa para que o país se posicione como um grande provedor de serviços, que ajudem o desenvolvimento do planeta, incluindo, por exemplo, serviços ecossistêmicos e energias limpas;, disse ao Correio.

A figura de ;champion; foi criada durante a definição do Acordo de Paris. O papel do escolhido é aconselhar a presidência da COP e participar de compromissos internacionais, envolvendo o tema. Por isso, Muñoz veio a Salvador, em agosto, para participar da Semana do Clima da América Latina e Caribe, realizada pelas Nações Unidas, como evento preparatório para a COP25.
Ele foi escolhido ;champion; da COP por liderar a TriCiclos, que venceu o prêmio internacional Circulars 2019, conhecido como o ;Oscar da Economia Circular Mundial;, oferecido anualmente no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

Para Muñoz, o melhor resultado que a COP25 a ser realizada no Chile poderá oferecer será garantir mais respeito às riquezas naturais da região. Ele acredita que será uma oportunidade de prestar mais atenção a inovações sustentáveis. ;A indústria de energia limpa, a indústria agroalimentar de baixo carbono e a indústria do turismo são exemplos. Tenho certeza de que teremos desafios de adaptação e obstáculos relacionados, que temos que resolver de maneira conjunta, não somente na América Latina, mas também no Caribe;, disse.

Perguntado sobre os impactos dos incêndios na Amazônia, Muñoz disse que a sociedade civil, em todo o mundo, está cada vez mais sensível ao tema climático, porque sente que o assunto começa a afetar cada vez mais o cotidiano;. Segundo ele, seu papel é impulsionar a ação de governos locais, empresas e sociedade civil, para que todos contribuam para aumentar o compromisso com as ações para combater as mudanças climáticas. (MEC)

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