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Correios param em 20 estados e no DF

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 12/09/2019 04:05
Estatal garante que paralisação não afeta serviços da empresa

Os Correios apresentaram ontem pedido de dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), mesma data em que cerca de 18% dos servidores da estatal entraram em greve. A paralisação por tempo indeterminado foi decretada na terça-feira, em assembleias realizadas em diferentes estados e ratificada por 20 estados e pelo DF ontem. Levantamento da empresa registrou 17,9 mil ausências, sendo 16,1 mil de carteiros, 999 de operadores de transbordo, 813 de atendentes comerciais e 23 de outros cargos.

A decisão de parar, segundo Federação Interestadual dos Empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Findect), foi tomada pela categoria após a estatal rejeitar a mediação feita pelo Tribunal Superior do Trabalho com os trabalhadores. A categoria quer que o reajuste salarial de 0,8% seja reconsiderado, assim como a remoção de pais e mães como dependentes no plano de saúde.

Os funcionários querem também melhores condições de trabalho e a manutenção de benefícios. Segundo Amanda Corcino, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos de Brasília (Sintect), a empresa quer retirar também vales-alimentação e refeição. Eles defendem também a retirada dos Correios do plano de privatização do governo.

A superintendência dos Correios, em nota, comunicou que a greve dos funcionários não afeta os serviços de atendimento da estatal. Conforme o posicionamento, ;82% do efetivo total dos Correios no Brasil está trabalhando regularmente;.

O dissídio coletivo é instaurado quando não há acordo entre trabalhadores (ou sindicatos) e empregadores. Os envolvidos ingressam com ação na Justiça do Trabalho, e a Corte se torna responsável pela solução do conflito, como uma mediadora, criando normas e condições que regularão a relação trabalhista entre as partes.

Saneamento


Em nota, a empresa afirma esperar que ;a Justiça avalie a negociação, ouvindo as partes, e que um relator produza um voto analisado pelo colegiado do tribunal;. Os Correios dizem que ;conforme amplamente divulgado, estão executando um plano de saneamento financeiro para garantir a competitividade e a sustentabilidade da empresa;. A estatal tem uma dívida de R$ 3 bilhões.

Presente em 5.570 municípios brasileiros, os Correios possuem o monopólio dos serviços postais de correspondência desde sua fundação, em 1969. São entregues pela empresa mais de 1 milhão de encomendas em todo o país, diariamente. (CL)



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