postado em 14/09/2019 04:04
Os incêndios registrados em 2019 no Pantanal brasileiro, um santuário de biodiversidade compartilhado com o Paraguai e a Bolívia, aumentaram 334% em relação ao mesmo período do ano passado. Os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) localizaram 4.515 focos de incêndio entre 1; de janeiro e 11 de setembro na região, a maior zona úmida do planeta, em comparação com os 1.039 registrados até a mesma data em 2018.
Os estados do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso declararam estado de emergência, que permite desbloquear com maior rapidez fundos para lutar contra catástrofes naturais. Cerca de 62% do Pantanal fica em território brasileiro. Na quinta-feira, o governo de Mato Grosso informou que mais de um milhão de hectares tinham sido queimados no estado, sobretudo na zona do Pantanal.
Ontem, o presidente em exercício, Hamilton Mourão, disse que o governo pretende renovar o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para a atuação das Forças Armadas no combate às queimadas e ao desmatamento na Amazônia. Assinado pelo presidente Jair Bolsonaro em 23 de agosto, o decreto tem validade até 24 de setembro. Mourão recebeu do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, um balanço das operações de combate às queimadas no sul do Amazonas e no sul do Pará.
Segundo o vice-presidente, os focos de incêndio diminuíram. ;Está bem eficiente. Tem em torno de R$ 25 milhões de multa aplicadas, 12 mil m; de madeira apreendidos, embarcação, veículos. Em torno de 350 ataques a focos de queimadas terrestres, mais umas 350 incursões aéreas. Um resultado muito bom;, apontou.