Agência Estado
postado em 16/09/2019 19:07
Está confirmada para o próximo sábado, 21, a retomada das operações normais do Aeroporto Santos Dumont, após obras em sua pista principal. Desde o dia 24 de agosto, quase todos os voos - inclusive a Ponte Aérea Rio-São Paulo - foram transferidos para o Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão.
O presidente da Infraero, brigadeiro Hélio Paes de Barros, esteve nesta segunda-feira, 16, no local para inspecionar a obra, que tem 150 pessoas trabalhando diretamente 24 horas por dia, sete dias por semana desde seu início, terminando em tempo recorde. O orçamento de R$ 10 milhões acabou reduzido em R$ 1 milhão por economia em processos de licitação.
O foco da obra é a recuperação da camada porosa de atrito e da camada estrutural da pista. Segundo a Infraero, os trabalhos garantirão a continuidade das operações nas mesmas condições de segurança atuais, e de acordo com os requisitos regulatórios demandados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), oferecendo melhora no contato entre os pneus das aeronaves com a pista molhada ou seca. A estimativa é que a pista ganhe ao menos mais dez anos de uso sem intervenções.
O fechamento da pista principal para as obras foi necessário devido à complexidade da tecnologia aplicada ao pavimento, já que a camada porosa de atrito não permite emendas, o que inviabiliza a realização dos trabalhos em períodos intercalados. A última vez que a pista do aeroporto passou por manutenção semelhante foi em 2009.
Reduzido a cerca de 4 mil passageiros por dia durante a manutenção, o tráfego de passageiros no Santos Dumont voltará à média de 25 mil a 30 mil passageiros por dia. Os cerca de 200 voos diários devem subir para 220 em decorrência da estreia da Azul na ponte aérea. A companhia e a Passaredo foram as únicas que mantiveram voos no aeroporto mesmo durante as obras. Já as companhias aéreas Gol e Latam redirecionaram os voos para o Galeão.
Durante o período das obras, a pista auxiliar continuou a receber aeronaves 3C, como o Embraer E-190, Airbus A318 e Boeing 737-700. Para isso, a pista recebeu uma reforma de cabeceira e implantação do sistema indicador de rampa (Precision Approach Path Indicator - PAPI).