Brasil

Falta de escala encarece serviço

Correio Braziliense
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postado em 26/09/2019 04:15
Nunes: uma pessoa sozinha não tem como bancar custos de saúde

No painel Prevenção e longevidade. Quanto mais cuidar da saúde desde cedo, todos ganham. Consumidores e operadoras, o diretor adjunto de Normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Maurício Nunes, lembrou que o setor de saúde suplementar precisa de escala para que haja equilíbrio para os próprios beneficiários. ;Não é possível falar em sustentabilidade do setor sem falar em mutualismo para redução dos custos, já que uma pessoa, sozinha, não teria condições de bancar os custos dos serviços;, disse

Para o superintendente executivo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), José Cechin, o brasileiro tem duas opções para ter acesso a planos de saúde complementar na velhice: mudar os hábitos de vida, de forma a enfrentar com mais vitalidade o futuro, ou fazer, desde cedo, uma poupança para arcar com os altos custos das mensalidades das operadoras, que sobem drasticamente a partir dos 59 anos. ;A participação dos jovens vem caindo, a quantidade de idosos vem aumentando e a despesa per capita em saúde sobe mais de 1 ponto percentual por ano. A conta não fecha. Temos que nos preparar ao longo da vida;, afirma

Na opinião de Edgar Nunes, coordenador do Núcleo de Geriatria e Gerontologia da Universidade de Minas Gerais (UFMG), a divisão de tratamento ao idoso de acordo com faixa etária não é adequada aos indivíduos e prejudica o sistema de saúde. O professor esclarece que essa definição é motivo de gastos desnecessários tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na iniciativa privada.

Hospitalização excessiva e de alto custo, ausência de foco no valor em saúde e a falta de gestão em saúde populacional são alguns dos fatores que, segundo o médico e CEO da Livon Saúde, Rodrigo Tanus, ajudam no crescimento insustentável do custo da saúde no Brasil. ;Os prestadores têm uma mentalidade que eles faturam mais quando geram mais procedimentos;, explicou. (CD, VB, MEC e Catarina Loiola, estagiária sob supervisão de Rozane Oliveira)



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