postado em 11/10/2019 04:13
Os 10,3 milhões de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já estão impressas e a caminho dos mais de 10 mil locais de realização. O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram, ontem, que toda a operação terá um custo estimado de R$ 537,6 milhões. Cada um dos 5,1 milhões de alunos inscritos têm custo aproximado de R$ 105,52, R$ 0,61 a menos que no ano anterior.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, salientou que 34% dos custos do exame de 2019 ;vêm via pagamento da inscrição, o restante vem do pagador de impostos;. Como disse, 2,1 milhões de inscritos pagaram as inscrições, contabilizando arrecadação de R$ 179 milhões. O restante dos participantes, cerca de 3 milhões, ficou isento de taxa.
A primeira remessa de provas, com 408 mil exemplares, foi enviada para os locais de mais difícil acesso, na Bahia e Pará, com o processo chamado de ;interiorização;. Os estados de Rondônia, Piauí, Pernambuco e Mato Grosso também receberam os exames. Os materiais estavam sob a guarda do 4; Batalhão de Infantaria Leve do Exército Brasileiro, em Osasco (SP).
Para o Enem acontecer no mesmo dia e horário em todas as regiões, são necessários quase 400 mil profissionais envolvidos em todo processo. Apenas a operação de transporte dos malotes reúne 31 mil colaboradores, a maioria de segurança pública. São 4,2 toneladas de papéis em mais de 3 mil contêineres levados em aviões, carretas e barcos. ;É uma operação de guerra;, disse o presidente do Inep, Alexandre Lopes. ;Agradecemos aos Correios pela entrega das provas e pela logística reversa, de trazê-las de volta para a correção.;
De acordo com o MEC, nenhuma autoridade do governo leu as questões. ;Eu não li e o ministro também não. A prova foi como nos anos anteriores, mas a orientação foi focar no conteúdo. Estamos permanentemente alimentando o banco de itens e, dali, foram escolhidos os mais neutros;, garantiu o presidente do Inep.
A aplicação do Enem digital é a aposta do governo para a redução significativa dos custos da prova. Representa que este ano será o último de aplicação exclusivamente impressa. A partir de 2020, a modalidade on-line começará a ser testada, mas não será obrigatória. ;No ano que vem, será uma data digital e uma em papel. Em 2021, serão duas datas digitais e uma em papel. Até 2026, será 100% digital;, explicou Lopes.
* Estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi