Ana Carolina Mendonça*/Estado de Minas
postado em 17/10/2019 19:46
[FOTO1]Investigações feitas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro apontam que uma quadrilha do Complexo da Maré desenvolveu um esquema em que mais de 4 mil patinetes foram furtados e levados para dentro da comunidade de Nova Holanda. De acordo com os policiais, os usuários de droga trocavam as patinetes roubadas por drogas nos valores de R$ 20 e R$ 30 e os traficantes as revendiam por R$ 300 na internet. Cada patinete custa cerca de R$ 2 mil. Segundo as investigações, o prejuízo das empresas que fornecem esse tipo de serviço chega a quase R$ 10 milhões.
Após o desbloqueio do equipamento, as patinetes eram customizadas pelos traficantes e depois repassadas para compradores via internet. O veículo virou ;moda; na comunidade, sendo citado até mesmo em músicas de funk.
;As vendas pela internet eram feitas, diretamente, por pessoas ligadas às bocas de fumo da Favela Nova Holanda. A gente deu início às investigações quando percebeu que um número enorme de pessoas dessas comunidades passou a anunciar esses equipamentos num valor inferior ao de mercado. Quando fomos informados pela própria empresa que mais de quatro mil equipamentos foram furtados, iniciamos o trabalho para identificar esses suspeitos e onde estavam esses equipamentos;, disse o delegado Flávio Narciso, titular da 21; DP (Bonsucesso), para o Jornal O Dia.
Em nota, a Glow, empresa dona das marcas de patinetes e bicicletas Grin e Yellow, diz que não divulga dados de equipamentos furtados e prejuízo por questões estratégicas e de segurança. As patinetes são rastreados por sistema GPS, o que já levou à recuperação de equipamentos e à prisão de pessoas envolvidas nesses casos.
* A estagiária está sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.