Ingrid Soares
postado em 21/10/2019 16:55
[FOTO1]O presidente interino, Hamilton Mourão, afirmou que a partir desta segunda-feira (21/10) cerca de 5000 homens do Exército reforçam o combate ao vazamento de óleo e na limpeza das praias do Nordeste. O anúncio foi feito após uma reunião no Ministério da Defesa sobre o assunto."Hoje o governo federal está colocando uma brigada, a 10; Brigada, que é a sediada em Recife, que tem em torno de 4.000, 5.000 homens e está sendo colocada em reforço. Fora equipamentos que estão sendo distribuídos às Defesas Civis dos estados e municípios".
Mourão reafirmou que não houve omissão do governo na questão. ;Estamos com grupos de avaliação e acompanhamento em Salvador e Recife, o próprio grupo do Ministério da Defesa, então as medidas todas estão sendo tomadas e acreditamos que, em mais algum tempo aí, vai cessar essa chegada do óleo às nossas praias. Elas estão sendo limpas, em torno de 700 toneladas que foram recolhidos. Mas não é óleo puro, também vem misturado com areia, dejetos que vem do mar, essas coisas todas.;
Segundo Mourão, o material recolhido está sendo entregue para fábricas de cimento. Ele aponta ainda que o volume de óleo está diminuído, mas que não há expectativa de quando o material para de chegar às praias. ;Por exemplo, esse óleo que chegou agora em Pernambuco. Vamos dizer que é uma segunda vaga de assalto. Então, já houve a primeira vaga de assalto e agora chegou a segunda. Pode ter ficado para trás na hora de ser lançado no mar, esse acidente é inédito no mundo;, avaliou.
De acordo com o presidente em exercício, na terça-feira (22/10) o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, viajará para a região para conversar com governadores e ainda nesta segunda, o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, se encontrará com o governador da Bahia, Rui Costa (PT).
Mais cedo, Mourão afirmou que as manchas ainda são um mistério pois não há como detectar a proveniência. O que o governo pode fazer de modo efetivo, apontou, é colocar equipes para recolher o material.
;É um caso único na história do mundo. É diferente daquelas manchas de petróleo que avançam pelo mar. As próprias medidas de contenção são complicadas, o máximo que a gente pode fazer hoje, é ter gente capacitada para recolher esse óleo que chega nas praias, e é isso que nós estamos fazendo", concluiu.