Brasil

Ministro diz que situação das praias do Nordeste é 'lamentável e inusitada'

Ele também afirmou que o Plano Nacional de Contingência foi colocado em prática dentro das necessidades que exige a situação

Vera Batista
postado em 22/10/2019 13:33
[FOTO1]O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, após sobrevoar as regiões de vazamento de óleo em Recife e Salvador, afirmou que o acidente ambiental, que está considerado um dos maiores do mundo, ;é lamentável e inusitado;, e que ainda não sabe ;de onde o óleo veio ou para onde vai;. Ele negou, ainda, que o governo tenha iniciado tarde o processo de retirada das manchas que já atingem 200, localidades em 78 municípios de nove estados do Nordeste. ;Não é apenas por causa da presença aqui do ministro. Desde o início, a o Grupo de Acompanhamento da Marinha vem atuando, assim como equipes do Instituto do Meio Ambiente (Ibama), do Instituto Chico Mendes (ICMBio), da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e da Petrobras estão atuando;, destacou Azevedo.

Ele também afirmou que o Plano Nacional de Contingência foi colocado em prática ;a princípio pequeno; e depois dentro das necessidades que a situação exigia. ;O Plano está em execução, agora com o reforço da Aeronáutica e do Exército;, garantiu. Mesmo em visita oficial ao Japão, o presidente Jair Bolsonaro está acompanhando a atuação dos órgãos oficias na área do desastre ambiental, afirmou o ministro. Quanto ao tamanho da verba destinada para combater o desastre, o general Fernando Azevedo disse que os recursos estão sendo retirados do orçamento do Minsitério da Defesa. ;Mas ainda não temos o valor;, assinalou.

Em relação à ação do Ministério Público Federal, que exigia a rápida aplicação do plano de contingenciamento e medidas de para contenção, recolhimento e destinação adequada do material poluente, o ministro revelou que outra liminar da Justiça Federal derrubou a anterior, porque ;juíza entendeu que o plano já estava em vigor;, destacou. Azevedo agradeceu os esforços dos voluntários locais. ;Eles têm sido um exemplo em Pernambuco. Tem que ser um esforço conjunto, pelo bem da coletividade;, reforçou.

Saco

Ontem, além das manchas de óleo nas praias e das toneladas de materiais tóxicos nos manguezais, voluntários também encontraram um saco cheio de óleo, com a identificação em várias línguas estrangeiras. O saco foi levado para perícia. De acordo com o almirante Leonardo Puntel, comandante de operações navais da Marinha, ao contrário do que se pensava, não se trata de um recipiente que originariamente transportava o material tóxico. O saco era um recipiente para guardar um dos equipamentos de proteção individual (EPI).

;O saco era pequeno, de cerca de 30 centímetros, não estava lacrado, e tinha luvas dentro. Ele fez parte do EPI distribuído aos voluntários. Foi usado por alguém como se fosse um saco de lixo e depois descartado;, explicou Puntel. O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, explicou que todos os resíduos estão sendo transportados para um local especial em Igarassu, na região metropolitana de Recife. ;Essa é a primeira etapa. Ainda vamos estudar a destinação final. Ainda não se sabe de onde o óleo veio e onde pode chegar;, destacou.

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