postado em 23/10/2019 04:26
Erosões na pista, quedas de barreira, pontes caídas e trechos com grandes buracos ; eis a realidade de grande parte das rodovias, situação que piorou 75,6% de 2018 para 2019, saltando de 454 para 797 pontos problemáticos. Os dados estão na 23; Pesquisa CNT de Rodovias, da Confederação Nacional do Transporte e divulgada ontem. Do percentual de degradação apontado de um ano para outro, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Sul são responsáveis por 49,8%.
Foram analisados 108.863 quilômetros e mais de 50% da malha pavimentada apresentam algum problema. Apenas 41% são ótimos ou bons. O Amazonas tem as piores condições: 100% das estradas avaliadas apresentam alguma deficiência no pavimento, na sinalização ou na geometria da via.
O presidente da CNT, Vander Costa, alerta que ;em 2020 teremos o menor investimento em 16 anos. O máximo que será possível é uma manutenção no que existe;.
Alagoas e São Paulo têm as melhores avaliações do estado geral, pavimento e sinalização. O primeiro possui 86,4% da extensão considerada ótima ou boa. Nas estradas paulistas a situação é semelhante: 81,8% em boas ou ótimas condições. Já no DF, 44,8% da malha pavimentada têm algum problema, sendo considerada regular, ruim ou péssima.
Segundo a pesquisa, para recuperar as rodovias são necessários R$ 38,6 bilhões, com ações emergenciais de manutenção e de reconstrução. Este ano, o governo federal autorizou aplicar R$ 6,2 bilhões e, até setembro, foram investidos R$ 4,78 bilhões.
A pesquisa mostra também que o custo com os 32.104 acidentes rodoviários no primeiro semestre do ano foi de R$ 4,78 bilhões, considerando prejuízos com veículos, cargas, despesas médico-hospitalares e perda de capacidade produtiva causada às vítimas.
* Estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi
- Não às mudanças no Código de Trânsito
Entidades de trânsito se manifestaram contra a alteração do Código de Trânsito Brasileiro, prevista no PL 3.267/19, que prega extinguir a obrigatoriedade do exame toxicológico para categorias C, D e E de motoristas. O tema foi debatido ontem, em audiência pública, na Câmara. A Lei do Caminhoneiro tornou obrigatório o exame para habilitação, renovação e mudança da carteira para as categorias. Mas o governo federal tem pressionado por modificações no CTB. Dados do Instituto de Tecnologia para o Trânsito Seguro salientam que a obrigatoriedade do exame reduziu em 38% acidentes e mortes nas rodovias federais, segundo a Polícia Rodoviária Federal. Instituições como Confederação Nacional dos Transportes, SOS Estradas e Associação Brasileira dos Caminhoneiros são contra o PL.