Brasil

Alvos da PF negam ligação com empresa do navio acusado de vazamento

As duas empresas emitiram notas nas quais negam envolvimento com o caso

Agência Estado
postado em 01/11/2019 17:48
[FOTO1]As duas empresas que tiveram mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (1/11), quando foi deflagrada a Operação Mácula - que investiga o vazamento de óleo em praias do Nordeste brasileiro - emitiram notas nas quais negam envolvimento com o caso.

Enquanto a Lachmann Agência Marítima afirmou "não ser alvo da investigação", a Witt O;Brien;s Brasil declarou que "jamais" teve como cliente da empresa (Delta Tankers) cujo navio (Bouboulina) é apontado como causador da tragédia ambiental. Nem o nome da companhia, nem o da embarcação são citados no texto.

No início da manhã, agentes da PF estiveram nas sedes das duas empresas, na região central do Rio. Cumpriam mandados de busca e apreensão emitidos pela 14; Vara Federal Criminal do Rio Grande do Norte.

Ainda de manhã, um representante da Witt O;Brien;s Brasil disse que os agentes não levaram nenhum documento da sede. À tarde, a empresa encaminhou nota negando ter entre seus clientes o navio de bandeira grega apontado como sendo o responsável pelo vazamento de óleo.

"Países como Canadá, Estados Unidos, Panamá e Argentina exigem que os navios que se dirigem aos seus portos tenham contratos pré-estabelecidos com empresas de atendimento e gerenciamento de emergências", informou a Witt O;Brien;s Brasil.

"A Witt O;Brien;s americana é uma das grandes provedoras desse tipo de serviço de prontidão para gerenciamento de emergências em navios nos Estados Unidos, porém seus contratos não guardam nenhuma relação com a empresa no Brasil", diz o texto.

A outra empresa alvo dos policiais federais na manhã desta sexta foi a Lachmann Agência Marítima. Em nota, a empresa declarou que "não é alvo da investigação da Polícia Federal sobre o vazamento de óleo que atingiu a costa do Brasil". Afirmou ainda que a agência "foi tão somente solicitada pela Polícia Federal a colaborar com as investigações".

Ainda segundo a Lachmann, "a agência marítima é uma prestadora de serviços para as empresas de navegação, não tendo nenhum vínculo ou ingerência sobre a operacionalidade, navegabilidade e propriedade das embarcações".

CONFIRA A NOTA DA WITT OBRIENS BRASIL

"Na manhã desta sexta-feira (01/11), a Polícia Federal esteve na sede do escritório da Witt O;Brien;s Brasil, no Rio de Janeiro, para ação da operação "Mácula", que investiga a procedência do atual vazamento de óleo na costa brasileira.

Prezando pela transparência, a Witt O;Brien;s informa que, esse navio ou seu armador JAMAIS foi cliente da Witt OBriens no Brasil, e que o Brasil não exige que navios tenham contratos pré-estabelecidos para combate a emergências.
A Witt O;Brien;s Brasil informa também que países como Canadá, Estados Unidos, Panamá e Argentina exigem que os navios que se dirigem aos seus portos tenham contratos pré-estabelecidos com empresas de atendimento e gerenciamento de emergências.

A Witt O;Brien;s americana é uma das grandes provedoras desse tipo de serviço de prontidão para gerenciamento de emergências em navios nos Estados Unidos, porém seus contratos não guardam nenhuma relação com a empresa no Brasil.
No Brasil, esse tipo de exigência não existe e esse tipo de contrato não é praticado pela Witt O;Briens Brasil.

A Witt O;Brien;s Brasil afirma que está à disposição das autoridades brasileiras e que contribuirá com todas as informações necessárias.

CONFIRA A NOTA DA LACHMANN AGÊNCIA MARÍTIMA

"A Lachmann Agência Marítima esclarece que não é alvo da investigação da Polícia Federal sobre o vazamento de óleo que atingiu a costa do Brasil. A agência foi tão somente solicitada pela Polícia Federal a colaborar com as investigações. A agência segue à disposição das Autoridades para quaisquer informações adicionais.

Fundada em 1927, a Lachmann Agência Marítima atende vários navios de diversos armadores que escalam os portos brasileiros, fornecendo serviços relacionados à entrada e saída nos portos. Esses serviços correspondem ao atendimento das normas relacionadas aos órgãos anuentes, como Anvisa, Capitania dos Portos, Polícia Federal, Receita Federal, Docas e outros, e coordenação da contratação de serviços portuários relacionados, como praticagem, rebocadores, lanchas de amarração e outros.

A agência marítima é uma prestadora de serviços para as empresas de navegação, não tendo nenhum vínculo ou ingerência sobre a operacionalidade, navegabilidade e propriedade das embarcações.
Lachmann Agência Marítima"

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