Brasil

Alexandre vai para o semiaberto

Correio Braziliense
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postado em 06/11/2019 04:14

Alexandre Nardoni, condenado pela morte da filha, Isabela, em 2008, obteve autorização para cumprir a pena de 30 anos de prisão em regime semiaberto. Dessa forma, ele poderá deixar o local da detenção para trabalhar durante o dia e voltar ao cárcere à noite. O ministro Ribas Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), acolheu um pedido da defesa e entendeu que Alexandre já cumpriu o tempo previsto em lei para ter o benefício da progressão de regime. A decisão, tomada dia 30 passado, foi divulgada somente ontem.

O Ministério Público de São Paulo ainda pode recorrer da decisão. Como Alexandre é réu primário e teve bom comportamento durante o cumprimento da pena, em agosto passado pôde deixar a cadeia beneficiado pelo ;saidão; do Dia dos Pais. Agora, por ter cumprido um sexto da condenação, poderá passar mais tempo fora do cárcere. Atualmente está preso na Penitenciária 2, em Tremembé, interior de São Paulo.

Já em agosto, ele obteve autorização para progredir de regime depois de passar por avaliação psicológica. No entanto, o Ministério Público recorreu, alegando que por ter cometido crime hediondo, teria que passar por um exame mais rigoroso ; pelo Teste de Rorschach, utilizado para avaliar características intelectuais, afetivas e emocionais, controle geral de processos racionais e afetivos de uma pessoa.

Progressão de regime


Alexandre voltou para a prisão à espera da realização do exame. No entanto, o ministro Ribas Dantas entendeu que usar esse argumento para manter a prisão ;carece de razoabilidade;, e determinou a progressão de regime.

;O paciente foi efetivamente submetido a exame criminológico, que lhe foi favorável, de forma que a alegação de que deveria ser submetido ao exame de ;Rorschach; para aferir o requisito subjetivo, carece de razoabilidade;, afirma o ministro na decisão.

Isabela foi jogada de um prédio na Vila Guilherme, em São Paulo, e tinha cinco anos de idade. A Justiça concluiu que ela foi morta por Alexandre e por Anna Carolina Jatobá, madrasta da menina, que foi condenada a 27 anos de prisão e está no semiaberto desde 2017.

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