postado em 12/11/2019 04:14
Peixes do NE são liberados
O consumo de peixes do litoral do Nordeste não representa risco para a saúde, divulgou ontem o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A análise de amostras de pescado em áreas atingidas pelo vazamento de óleo mostra que o produto está em condições apropriadas para o consumo humano. O estudo foi feito pelo Laboratório de Estudos Marinhos e Ambientais da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio. O laboratório detectou níveis baixos de contaminação em peixes e lagostas e que não ameaçam o consumo humano. As amostras foram coletadas em estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF), nos dias 29 e 30 de outubro, nos estados da Bahia, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Já uma análise anterior, feita pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), havia apontado risco de consumo de frutos do mar em áreas afetadas pelo óleo. Estudo marinho apontou resquícios do poluente nos sistemas respiratório ou digestivos em 38 animais marinhos. O vazamento de óleo atingiu mais de 400 localidades no Nordeste e chegou ao Espírito Santo.
Crime de fraude nas fotos do Enem
Os autores do vazamento de fotos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) podem responder por crime de fraude em certames de interesse público. Os suspeitos estão sendo investigados pela Polícia Federal, na Operação Toth - nome do deus egípcio da escrita e da sabedoria. De acordo com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, a divulgação premeditada dos exames não causa danos aos outros candidatos. A quebra do sigilo foi registrada em boletim de ocorrência. ;Tem que punir essas pessoas de forma exemplar para saber que uma ação danosa para prejudicar o coletivo não sai impune;, afirmou. No primeiro dia de exame (3/11), minutos após o início da prova, circulava nas redes sociais a imagem da página com a proposta da redação, que abordou a democratização do acesso ao cinema. A PF apreendeu celulares nas casas de duas aplicadoras suspeitas, em Fortaleza, Ceará. Elas foram identificadas mediante levantamento realizado em cooperação com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), e os dois celulares serão submetidos à perícia. De acordo professor da Escola de Direito do Brasil (EDB) João Paulo Martinelli, os responsáveis pelos vazamentos podem cumprir penas entre um e quatro anos. Mas como não se trata de um delito grave, o Ministério Público pode exigir o cumprimento de medidas socioeducativas aos envolvidos no episódio, de forma a evitar a prisão.