Brasil

Weintraub anuncia que Brasil deixará Mercosul na área educacional

Agência Estado
postado em 29/11/2019 16:25
O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta sexta-feira, 29, que o setor educacional do Brasil não vai mais fazer parte do Mercado Comum do Sul (Mercosul) . Segundo o ministro Abraham Weintraub, a decisão de sair do grupo foi tomada após avaliação de que os investimentos nos últimos anos não geraram "resultados concretos". "Após 28 anos, não há resultados concretos e objetivos para a gente mostrar e a despesa e o custo foi grande", afirmou o ministro que disse estimar o "gasto de R$ 30 milhões com as reuniões". São realizadas reuniões semestralmente para discutir as diversas ações integradas do grupo para todas as etapas da educação, do ensino infantil à pós-graduação. O Setor Educacional do Mercosul foi criado em dezembro de 1991 como um espaço para que os países membros e associados pudessem articular políticas educacionais, estimular a mobilidade e o intercâmbio. Entre as ações que foram desenvolvidas pelo grupo nos últimos anos estão programas que facilitam o intercâmbio de estudantes e professores, acreditação de diplomas de graduação e pós-graduação. A reportagem apurou que a decisão de saída não foi embasada por nenhum estudo ou análise sobre a participação do Brasil no grupo. A medida teria motivação ideológica. Segundo a pasta, as parcerias iniciadas serão mantidas sem prejuízo às partes como, por exemplo, o reconhecimento da equivalência dos estudos no âmbito da educação básica de alunos que estudam fora do país e que são pertencentes ao bloco assim como o sistema de acreditação de cursos de graduação do Mercosul (ARCU-SUL). Os bolsistas também terão o benefício mantido. A saída significa que o Brasil deixa de participar das reuniões do bloco e passa a ter relações e acordos bilaterais com os demais países do bloco. O ministro admitiu que as reuniões e pactuações bilaterais também terão custo, mas argumentou que elas terão "começo, meio e fim" e "objetivo claro". Em nota, o ministério destacou que a decisão não "rompe relações com os países vizinhos" e que o diálogo permanece para futuros acordos.

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