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Torcedor do Cruzeiro mantinha raposas em cativeiro para dar sorte ao time

Animal é mascote do Cruzeiro, que vive uma situação difícil na série A do Brasileirão, com grande risco de cair para a série B

Luiz Ribeiro/Estado de Minas
postado em 04/12/2019 13:21

[FOTO1]Já que em campo estiver difícil, o jeito é apelar para a sorte. Foi o que fez o lavrador Maurício de Freitas Francisco, de 30 anos, do município de Mamonas, no Norte de Minas Gerais. Ele foi flagrado pela Polícia Militar de Meio Ambiente com três filhotes de raposa.

O lavrador revelou para os policiais que é torcedor fanático do Cruzeiro e criava os filhotes por acreditar que isso daria sorte para que a equipe celeste consiga livrar-se do rebaixamento no Campeonato Brasileiro.

A raposa é a mascote do Cruzeiro, que vive uma situação difícil na série A do Brasileirão, com grande risco de cair para a série B. Para escapar do rebaixamento, o time celeste (17; colocado) precisa vencer os seus dois últimos jogos e ainda torcer para que o Ceará (16; posição) não vença as duas últimas partidas na competição.

A ocorrência foi registrada na tarde de terça-feira (3/12). De acordo com a PM, o torcedor mantinha os animais em galinheiro no sítio da familia na localidade rural de Pau Preto, a 2 quilômetros da sede urbana de Mamonas. O galinheiro não tinha galinhas ou algum galo, mascote do Atlético, rival do Cruzeiro.

Maurício de Freitas recebeu multa no valor total de R$ 4.877,10 (R$ 1.625,70 por cada filhote). Ele não ficou preso e foi intimado a comparecer na delegacia de policia civil de Espinosa (30 quilômetros de Mamonas), nesta quarta-feira (4/12), sendo que deverá responder o processo em liberdade.

Os filhotes de raposa fora encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiene e Recursos Naturais Renovais (Ibama) em Montes Claros, na mesma região. Dentro de algum tempo, os animais serão levados de volta à natureza.

Assunto na cidade

O caso virou o principal assunto das rodas conversas em Mamonas, que tem 6,5 mil habitantes, distante 687 quilômetros de Belo Horizonte, gerando discussão entre outros cruzeirenses. É o caso da engenheira civil Debora Ellen Alves. Ela disse que não concorda com a atitude do lavrador de infrigir as leis ambientais.

Mas ela acredita que a atitude dele demonstra a forte paixão da torcida cruzeirense. ;Realmente, a nossa torcida faz tudo para ajudar o nosso time, seja na vitória ou na derrota;, afirma Debora. Ela disse que está confiante de que o Cruzeiro vai escapar do rebaixamento.

Outra moradora de Mamonas igualmente torcedora do Cruzeiro, a secretária escolar D. declarou que não aprovou o ato do seu conterrâneo de manter animais silvestres em cativeiro, despeitando as leis ambientais e que também não acredita que o ato de criar filhotes de raposa pode dar sorte ao time.

Porém, ressaltou a paixão do torcedor e a esperança dele de que o Cruzeiro possa permanecer na série A do Brasileirão. ;Nós, cruzeirenses, acreditamos até a última hora;, afirmou.

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