postado em 11/12/2019 04:14
[FOTO1]Camargo vai ignorar Dia da Consciência
Nomeado para presidir a Fundação Palmares, Sérgio Camargo (foto) disse ontem que não dará ;suporte algum; para o Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro. Segundo ele, trabalhará para ;revalorizar; a princesa Isabel e o 13 de Maio, data da assinatura da Lei Áurea, que deu fim à escravidão. ;A Fundação Palmares não dará suporte algum a essa data (Dia da Consciência Negra). Vamos revalorizar o dia 13 de Maio e o papel da princesa Isabel na libertação dos negros;, afirmou, após reunião com o presidente Jair Bolsonaro. O secretário de Cultura, Roberto Alvim, também participou. A Justiça Federal do Ceará suspendeu a nomeação de Camargo, decisão que considerou ;absurda; e ;política;. ;Claro que tem de acabar o Dia da Consciência Negra, uma data da qual a esquerda se apropriou para propagar vitimismo e ressentimento racial. É uma data de minorias empoderadas pela esquerda, que propagam ódio, ressentimento e divisão racial.;
Alvim: cultura não vai ser "aparelhada"
O secretário especial de Cultura, Roberto Alvim, disse ontem que o governo de Jair Bolsonaro não irá ;aparelhar; a produção artística do Brasil. ;Um governo de esquerda patrocina propaganda ideológica. O governo de direita patrocina obras de arte. O que estamos lutando é pelo renascimento do conceito de obra de arte;, afirmou Alvim, após se reunir com o presidente da República. O governo tem sido criticado por escolhas recentes para comandar órgãos da área de cultura. Segundo Alvim, Bolsonaro apoia todas as nomeações feitas para a área da cultura. Questionado se o governo pode financiar obras críticas ao governo, Alvim foi taxativo: ;Não patrocinaremos propaganda política, seja ela de qual vertente for;, acrescentando que poderia, inclusive, bancar obras com participação da atriz Fernanda Montenegro, que já foi atacada nas redes sociais pelo próprio secretário. O secretário de Cultura disse, também, que ;repugna; a ideia de censura. ;Exceto quando a obra expõe crianças indefesas a conteúdos absolutamente impróprios e traumáticos. ;Nesses casos, a liberdade de expressão do artista deve ficar em segundo plano em relação aos direitos das crianças.;