Brasil

Ministro da Infraestrutura descarta greve dos caminhoneiros

Tarcísio Gomes de Freitas diz que ameaças de paralisação na segunda-feira são atos isolados, que não têm nada a ver com o pleito da categoria. ''Não terá adesão'', garante

Simone Kafruni
postado em 13/12/2019 16:50
[FOTO1]O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, voltou a descartar a possibilidade de greve dos caminhoneiros, nesta sexta-feira (13/12), durante apresentação do balanço das ações da pasta em 2019. ;Estou em contato diário com as lideranças. Os caminhoneiros têm paciência e estão aguardando as nossas ações;, disse. Parcela da categoria, liderada por Marconi França, faz reiteradas ameaças de uma paralisação na próxima segunda-feira.

O ministro ressaltou que nota da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) repudia a greve. ;São atos isolados e que buscam outros interesses, com cunho político partidário. Não têm nada a ver com o pleito da categoria. Não teve adesão e não terá adesão;, garantiu.

Segundo Freitas, o fórum criado pelo ministério está debatendo caminhos e soluções para o problema das distorções de pesagem e outras demandas prioritárias da categoria. ;A resolução do Ciot (Código Identificador de Operação de Transporte) vai ser publicada na semana que vem. Está na pauta da ANTT (Agência Nacional dos Transportes Terrestres) do dia 17;, disse. O Ciot é um instrumento que substitui documentos e elimina o atravessador, assegurando o piso mínimo do frete.

Outra demanda que está sendo atendida, conforme o ministro, é a revisão da tabela de piso mínimo. ;Em janeiro, vai sair o novo estudo, incorporando as sugestões da categoria. Mas é preciso ficar claro que o governo não vai dar frete para ninguém, nem garantir preço, é o mercado que tem que se ajustar;, ressaltou.
Novo pré-sal

Freitas comentou sobre o marco do saneamento, cujo texto-base foi aprovado nesta semana pela Câmara dos Deputados. ;É o novo pré-sal do Brasil. Os investidores estrangeiros percebem o setor como uma boa oportunidade. E é, porque o país está longe da universalização dos serviços;, afirmou.

Para o ministro, os investimentos em saneamento terão forte impacto fiscal por aliviar o sistema de saúde. ;Além disso, vão mexer muito a construção civil, com geração de empregos. Agora, depende da aprovação. Vamos torcer para que transcorra bem no Congresso para esses investimentos se concretizarem;, assinalou. ;Apetite há;, acrescentou.

Balanço

No balanço que fez das ações da pasta em 2019, Freitas enumerou as entregas. ;Foram 27 leilões de ativos e a antecipação da prorrogação da concessão da ferrovia Malha Paulista. Isso representa R$ 9,4 bilhões em investimentos e R$ 5,4 bilhões de outorga;, destacou.

Para os próximos cinco anos, serão mais R$ 6 bilhões em outorga, segundo ele. Em 2020, o Ministério da Infraestrutura promete 44 leilões que representarão R$ 120 bilhões em investimentos ao longo do período das concessões.

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