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MEC despeja associação que geria TV Escola

Correio Braziliense
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postado em 14/12/2019 04:41
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A movimentação de funcionários descendo com material para transmissão de TV, entre outros, e levando para dentro de um caminhão de mudanças, chamou a atenção de quem passava pelo bloco do Ministério da Educação (MEC), ontem de manhã. O motivo do vaivém: a pasta decidiu pela não renovação do contrato com a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp), responsável por gerir a TV Escola, despejada por ordem do ministro Abraham Weintraub.

A justificativa para a decisão é a de que a associação supostamente não aceitou as indicações políticas para cargos, feitas por Weintraub. Em outubro, um ofício determinou que a sala do 9; andar do MEC fosse desocupada. A associação foi à Justiça, em 29 de novembro, pedindo um prazo maior para efetuar a mudança, mas a liminar foi derrubada ontem.

O despejo foi tenso. Durante a remoção, seguranças do MEC questionaram se o material levado para o caminhão pertencia realmente à Roquette Pinto, e pediram que fossem retirados e recolocados no prédio para recontagem. Uma pequena confusão se formou. Após negociação, o transporte levou os itens. A associação entrou ainda com uma liminar para garantir a saída, na próxima segunda-feira, daquilo que ainda resta no MEC.

O TV Escola já havia sofrido uma redução em seu investimento anual, de cerca de R$ 73 milhões para R$ 40 milhões, no início de 2019. Questionado se fechará o canal, o MEC afirmou que ;estuda a possibilidade de as atividades serem exercidas por outra instituição da administração pública;. Com programação voltada para o magistério, o TV Escola, que é aberto, foi criado em 1995 e é transmitido para algumas cidades. Fez parte do MEC, mas, desde 2015, mantém apenas contrato de gestão com a pasta para produção de conteúdo e gestão operacional. Além de gerenciar o canal, a Roquette Pinto também é responsável pela TV Ines, voltada para os surdos, e pela Cinemateca. Recentemente, havia aberto espaço para a série Brasil Sem Medo, de Olavo de Carvalho, que comentava fatos da história brasileira sob a visão conservadora.

Ao Correio, o porta-voz da associação, Henry Wender, disse que a decisão do despejo causou surpresa, e que a entidade está preocupada em saber como será feita a transferência de material acumulado ao longo do tempo. O contrato, porém, terminaria neste final de ano.
;Como ou quando será a transição para a EBC ou outro órgão? Tem uma série de professores que aproveitam esse período para se capacitarem para o ano que vem por meio dos programas. A não renovação foi abrupta.;

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