Brasil

Saúde anuncia realocação de R$ 1,2 bilhão para atenção primária

Desse total, R$ 740 milhões serão destinados ao custeio de serviços de média e alta complexidades, abrangendo 1.900 novos leitos

Maria Eduarda Cardim
postado em 17/12/2019 21:47

[FOTO1]O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (17/12) que liberou R$ 1,2 bilhão, que serão destinados para habilitação de novos serviços e leitos, tanto da atenção especializada quanto da atenção primária. A maior parte deste recurso, R$ 740,9 milhões, servirá para habilitar novos 858 serviços e instalar 1990 leitos. O restante será dividido da seguinte forma: R$ 215,5 milhões serão destinados aos estados e municípios para construção e reforma de unidades de saúde e compra de equipamentos e R$ 200 milhões reforçarão o atendimento em Santas Casas.

O dinheiro veio da realocação de recursos e da economia feita na própria gestão da pasta. ;Foi muito esforço que fizemos para realocar esse recurso. Aqui houve redução de gastos administrativos, realocação, elencamos prioridades, compramos melhor, compramos vários medicamentos por valores menores porque compramos por um tempo maior. Fizemos um exercício muito intenso de gestão para poder organizar e fazer coisas que nos parece que são mais que obrigação;, ressaltou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Com essa medida, a pasta anuncia que zera a fila de pedidos habilitações feitas por estados e municípios. As habilitações de serviços é a parte federal para o custeio de projetos. ;Encontrei serviços abertos em 2014, 2015, 2016, 2017, 2018, funcionando, sendo pago pelo prefeito sozinho. 100% desses serviços que já estavam aprovados estão validados a partir de hoje. Essa medida dá para os prefeitos essa contribuição federal de todos os pedidos que estavam prontos nesse ministério;, indicou o ministro.

Os R$ 215,5 milhões destinados à obras e compra de equipamentos serão divididos entre a atenção primária, um dos focos da pasta no primeiro ano, e atenção especializada. Serão R$ 40,4 milhões destinados à reforma de serviços e atenção primária, como Unidades Básicas de Saúde (UBS). Os R$ 175 milhões restantes reforçarão serviços da atenção especializada, hospitais gerais especializados, centros de especialidades

Outro setor que ganhou destaque na fala de Mandetta foram as Santas Casas e hospitais filantrópicos, que também receberão parte do recurso. O setor é responsável por mais da metade de todos os procedimentos e atendimentos de média e alta complexidade destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Rio de Janeiro

Durante o anúncio da liberação dos recursos, Mandetta também chegou a comentar sobre a situação de crise da saúde pública do Rio de Janeiro. O Ministério da Saúde já havia anunciado semana passada a liberação de R$ 152 milhões em um acordo de emergência firmado com a prefeitura, que seriam pagos em duas parcelas. A novidade é que a segunda parte de R$ 76 milhões, que seria paga somente em janeiro, sairá até 30 de dezembro.

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