Correio Braziliense
postado em 05/01/2020 04:04
Uma represa se rompeu ontem, em Pontalina, no centro de Goiás. A estrutura, localizada em uma área particular, sofreu colapso após fortes chuvas terem atingido o município desde a noite de sexta-feira. Não há registros de feridos, no entanto, a Prefeitura de Pontalina alertou os moradores sobre o risco de outras represas se romperem e pediu que as pessoas que moram na região deixem os locais próximos a essas barragens para evitar acidentes.
Em nota, a Companhia de Abastecimento de Água de Goiás (Saneago) informou que o transbordamento da represa provocou transtornos no esgotamento sanitário do município. “Estação elevatória final de esgoto e poços de visita foram danificados”, disse a empresa. Segundo a Saneago, a chuva causou uma inundação “de cinco metros” na área de captação de água de Pontalina. De acordo com a empresa, a água deixou motores, quadro de comando e uma série de outros equipamentos submersos.
o sistema de abastecimento de água foi paralisado. De acordo com a companhia, técnicos aguardam a diminuição do volume de água “para avaliar a condição de todos os equipamentos e executar os reparos necessários para a normalização do sistema”.
O rompimento da barragem aconteceu por volta das 10h, na Fazenda São Lourenço das Guarirobas. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) declarou, em nota, que tomou conhecimento dos fatos na manhã de ontem e, imediatamente, enviou fiscais para acompanhar os acontecimentos no local. O estado formou um gabinete de crise composto pela secretaria, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil.
“Pelas imagens, a principal hipótese é de que a barragem rompeu pela ombreira lateral esquerda. A avaliação final, contudo, somente será conclusiva com base em estudo após o nível da água baixar”, informou a pasta. A Semad disse ainda que a barragem “estava regular quanto à outorga para o barramento e uso de água”. Também possuía licenciamento ambiental concedido pelo município de Pontalina, que tem a competência para a emissão.
No entanto, a secretaria afirmou que represa “estava irregular quanto ao cadastro de segurança, uma vez que o prazo para regularização expirou em 31 de dezembro de 2019 e o detentor não informou ao governo qualquer dado sobre o estado de conservação da estrutura”.
Morte
No Espírito Santo, a chuva provocou uma morte, após uma casa de dois andares desabar na madrugada de ontem, no bairro Maria Niobi, no município de Serra. O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado, por volta das 2h40, para atender a ocorrência de desabamento. As equipes trabalharam no local dos escombros até a manhã e conseguiram encontrar a vítima na laje, já morta.
De acordo com o último boletim divulgado pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, o município registrou o maior acumulado de chuva, com 173.68 milímetros. A Polícia Civil informou que o corpo da vítima será encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória.
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