Brasil

Trio que torturou coronel e cabo morre em troca de tiros com a polícia

Quadrilha que cometeu o crime era formada por pelo menos cinco pessoas, segundo a polícia. Três foram mortas e duas presas

Correio Braziliense
postado em 07/01/2020 09:36

De acordo com o coronel Olímpio Garcia, comandante do policiamento especializado, criminosos agiram com ódio ao saber que vítimas eram militaresA Polícia Militar confirmou, na noite desta segunda-feira (6/1), a morte de três dos cinco suspeitos de torturar e atirar contra o coronel Alex de Melo e a cabo Raiana Figueiredo, ambos da corporação. Segundo a PM, eles foram mortos na tarde desta segunda em confronto com militares do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) em Ibirité, em Minas Gerais. Apenas um dos mortos já foi identificado. Trata-se de Taysson Gustavo Gomes da Silva, de 18 anos.

O crime cometido pelo trio aconteceu na madrugada do mesmo dia, cerca de 15 horas antes do confronto. A tortura e tentativa de homicídio ocorreu em Igarapé, também na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

 

Além dos três mortos, a operação da Rotam resultou na prisão de dois envolvidos: Diego Mateus de Oliveira Santana, de 23, e Wendel Oliveira Silva Rodrigues, 22.

 

Há possibilidade, no entanto, de mais envolvidos na quadrilha. A investigação prossegue. 

 

Conforme o boletim de ocorrência, os criminosos, sendo eles magros, de estatura mediana e jovens, invadiram a casa do militar, agrediram e atiraram duas vezes na cabo e outras duas no coronel.

 

A cabo de 34 anos foi atingida por um disparo na cabeça e um nas costas e teve a perna quebrada, o que resultou em fratura exposta. Diante da gravidade da situação, a militar foi socorrida pelo helicóptero da Polícia Militar até ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. 

 

O coronel, de 50 anos, que também foi baleado na cabeça, foi encaminhado ao CTI da mesma unidade de saúde. O helicóptero da corporação o levou, assim como a companheira.

 

Ódio

 

De acordo com o coronel Olímpio Garcia, comandante do policiamento especializado, a principal tese da corporação é que os criminosos agiram com ódio ao saber que as vítimas eram militares.

 

“Um dos que foi preso confessou isso. Eles começaram a agredir por se tratar de policiais militares. No estado de Minas Gerais, a nossa resposta é proporcional a qualquer agressão contra qualquer integrante do estado, qualquer policial militar”, afirmou.

 

Segundo o coronel Eduardo Felisberto Alves, o fato começou por volta das 22h30 deste domingo (5/1). Os cinco acusados deixaram a cena do crime por volta de meia-noite e fugiram no veículo da cabo Raiana. O carro foi abandonado e incendiado nas proximidades minutos depois do crime.

 

Eles, depois, fugiram num Fiat Palio. A polícia levantou informações acerca do veículo para rastrear onde os suspeitos estariam. 

 

Logo que o dia raiou, uma operação foi montada pelas autoridades para buscar os suspeitos.

 

O trabalho começou a surtir efeito quando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) avisou a PM que câmeras flagraram o Palio passando pelo posto da PRF em Betim, ainda na Grande BH.

 

Por meio dessa informação inicial, o Ministério Público, a partir do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime (Gaeco), conseguiu identificar um dos suspeitos. Ele foi encontrado em Ibirité, separado dos demais, e confessou a participação no crime. Esse, contudo, não reagiu à abordagem dos militares e foi detido. Depois, contou onde estavam os outros envolvidos.

 

Ao chegar ao endereço dado pelo detido, a polícia afirma ter sido recebida a tiros. Tratava-se de uma casa afastada, em um local bastante ermo. Lá, o confronto dos bandidos com a PM terminou com a morte de três criminosos e prisão de um.

 

Investigação

 

A Polícia Civil vai, agora, investigar o caso. A corporação ainda não sabe se os dois detidos serão indiciados por homicídio ou latrocínio, pois os trabalhos ainda estão no início.

 

“Foram colhidas provas testemunhais e realizadas duas oitivas de dois caseiros que prestaram os primeiros socorros às vítimas. Foram colhidas também as oitivas de policiais militares que primeiro compareceram ao local dos fatos. A perícia criminal também já esteve no local”, explica o delegado Marcus Vinícius Vieira. 

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