Brasil

Auditores interditam fábrica de cerveja que causou doença em consumidores

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento prossegue apurando as circunstâncias em que ocorreram a contaminação verificada pelas autoridades policiais nos lotes indicados da cerveja Belorizontina

Correio Braziliense
postado em 10/01/2020 18:35
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento prossegue apurando as circunstâncias em que ocorreram a contaminação verificada pelas autoridades policiais nos lotes indicados da cerveja BelorizontinaO ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) determinou, na tarde desta sexta-feira (10/1), a interdição da cervejaria Backer, fabricante da cerveja Belorizontina

Após divulgação de laudo da Polícia Civil apontando a contaminação da bebida com a substância dietilenoglicol, o ministério decidiu cautelarmente que todos os produtos ainda no mercado fossem apreendidos. 

"Diante do risco iminente à saúde pública, o Ministério Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizou, como medida cautelar, o fechamento da Cervejaria Backer, fabricante da cerveja Belorizontina. Na mesma oportunidade, foram determinadas ações de fiscalização para a apreensão dos produtos que ainda se encontram no mercado. Segundo a Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, por meio de informação preliminar de 9 de janeiro de 2020, foi identificada a substância 'dietilenoglicol' em amostras de cerveja pilsen, marca Belorizontina, lotes L1 1348 e L2 1348", informou o ministério em seu site oficial. 

Ainda segundo a pasta, auditores fiscais federais prosseguem apurando as circunstâncias em que ocorreram a contaminação verificada pelas autoridades policiais nos lotes indicados. 



“Análises laboratoriais seguem sendo realizadas nas amostras coletadas pela equipe de fiscalização das Superintendências Federais de Agricultura. Além disso, mais de 16 mil litros de cervejas foram apreendidos cautelarmente. Novas informações serão prestadas após os resultados das análises laboratoriais feitas pelo Mapa”, diz o comunicado.

O advogado da cervejaria Backer, Estêvão Nejm, contestou haver ordem de interdição da fábrica pelo Ministério da Agricultura. 

Segundo ele, fiscais do órgão federal estão na indústria fazendo diligências e análises.

Em coletiva de imprensa, a Backer informou que a fábrica vai fechar neste sábado para a inspeção dos tanques e maquinário da empresa pelos parceiros.

O meste cervejeiro da Backer, Sandro Duarte, reiterou que a substância dietilenoglicol não faz parte do processo produtivo da empresa. Segundo ele, o líquido de refrigeração é composto por outro tipo de substância. Não há contato entre o líquido e o tanque.
 
A Backer usa monoetilenoglicol no processo de refrigeração. A substância tem toxicidade inferior à do dietilenoglicol, de acordo com Duarte. 

Os mesmos tanques são usados na fabricação de outros rótulos da cervejaria, e não somente a Belorizontina. 

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