Brasil

Suspeita de sabotagem no caso da cerveja

Correio Braziliense
postado em 12/01/2020 04:04
Mulher internada em Viçosa pode ser a 11ª vítima da Belorizontina

Belo Horizonte — A Polícia Civil de Minas Gerais informou, no início da noite de ontem, que trabalha com a possibilidade de um ex-funcionário da Cervejaria Backer, que já tem desavenças com a empresa, ter sabotado as linhas de produção de dois lotes da cerveja Belorizontina. Há um boletim de ocorrência registrado pela companhia contra essa pessoa, cuja identidade não foi revelada.    

A Backer é a principal linha de investigação da Polícia Civil na apuração dos casos da doença causadora da síndrome nefroneural. A enfermidade já acometeu ao menos nove pessoas em Minas Gerais e resultou na morte de Paschoal Demartini Filho, de 55 anos, na última terça-feira. A polícia encontrou a substância química dietilenoglicol em garrafas de  Belorizontina. O laudo foi obtido depois que a corporação realizou uma operação na sede da Backer, localizada no Bairro Olhos D’Água, em Belo Horizonte,  na última quarta.

Uma mulher foi internada em Viçosa, cidade da Zona da Mata Mineira, com suspeita de intoxicação pela cerveja. Se confirmado, esse pode ser o primeiro caso de intoxicação fora da região metropolitana da capital do estado. A paciente deu entrada no Hospital São João Batista na última quinta-feira com os sintomas da doença, que causa insuficiência renal e problemas neurológicos. Ela chegou ao hospital com duas garrafas da bebida, de lotes diferentes. As garrafas levadas não fazem parte das séries investigadas pela Polícia Civil de Minas Gerais.

A paciente internada em Viçosa disse que comprou o produto em Viçosa, onde começou a beber. Tomou o resto durante a viagem para Guarapari, no Espírito Santo. De acordo com o diretor administrativo do Hospital São João Batista, Sérgio Pinheiro, ainda se trata de uma suspeita. “A paciente internou-se na última quinta-feira com sintomas semelhantes da possível síndrome nefroneural, ou doença misteriosa, como estavam chamando. A situação ainda é apenas uma suspeita”, disse. A Polícia Civil, que investiga o caso, informou que ainda não foi notificada de nenhum caso fora da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Na sexta-feira, a Backer foi interditada por ordem do Ministério da Agricultura. Além de Minas, a empresa encaminhou lotes de cerveja para São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal.

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