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Veja o que se sabe da investigação de contaminação de cerveja em MG

Confira os avanços e o que ainda é mistério nas apurações da Polícia Civil e epidemiológicas em torno da síndrome nefroneural que afeta 10 pacientes

Correio Braziliense
postado em 13/01/2020 10:21

garrafas da cerveja Belorizontina, fabricada pela BackerUma semana se passou desde a primeira manifestação das autoridades de saúde sobre a internação de pessoas ligadas ao Bairro Buritis, na Região Oeste de Belo Horizonte, com quadro de insuficiência renal e problemas neurológicos e já há resultados parciais das investigações epidemiológica e policial sobre o caso.


As autoridades encontraram a possível causa dos sintomas – substância química encontrada em garrafas da cerveja Belorizontina, fabricada pela Backer, e até um protocolo clínico de saúde para tratamento da síndrome nefroneural que acomete os pacientes foi definido. Mas questões sobre como ocorreu a contaminação da cerveja pairam no ar. A Polícia Civil não trabalha apenas com a possibilidade de falha na produção da Backer – única marca relacionada aos casos até agora. 


Nada, nem mesmo a possibilidade de sabotagem, está descartado. Falhas em outras etapas do processo da cerveja dentro da fábrica, além crimes ou erros cometidos por fornecedores ou distribuidores são hipóteses no caminho da Belorizontina entre a fábrica e o consumidor.

 

O que sabemos

 

CASOS SUSPEITOS

Autoridades de saúde contabilizam 10 notificações de pacientes internados que desenvolveram síndrome nefroneural aguda com sintoma iniciados a partir de novembro. Todos consumiram cerveja do rótulo Belorizontina, produzida pela Backer, antes do início dos sintomas. Um deles morreu na terça-feira, dia 7.

 

ALCANCE TERRITORIAL

Até o momento, casos suspeitos em investigação são de pacientes que têm ligação com o Bairro Buritis: vivem ou estiveram no bairro antes de passar mal. Paciente de Nova Lima foi incluído no grupo pela proximidade da cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte com o bairro da Região Oeste da capital. Mas a última nota técnica da Secretaria de Estado de Saúde não limita a investigação epidemiológica ao bairro e foi emitida para profissionais e serviços médicos de todo o estado. Além da síndrome nefroneural, a definição de caso suspeito inclui o consumo de cerveja da marca Backer.

 

DOENÇAS DESCARTADAS

Exames laboratoriais realizados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) para pesquisa de doenças transmissíveis e intoxicação exógena descartaram arboviroses, febres hemorrágicas e infecções bacterianas e fúngicas sistêmicas. Enfermidades neuroinvasivas e outras doenças, como sarampo, hepatites virais, doença de Chagas, HIV, também foram removidas da lista da Funed.

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