Brasil

Companhia de água do Rio pede desculpas; presidente se recusa a beber água

Água em várias partes do Rio de Janeiro apresenta cor, cheiro e gosto diferentes

O presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), Hélio Cabral, pediu desculpas à população pelos transtornos causados por conta do sabor e do cheiro da água distribuída. Ele garantiu que o problema não voltará a acontecer.

 

Já a partir da semana que vem o reservatório de Guandu terá uma etapa extra de tratamento da água com carvão ativado que retira da água a giosmina - substância orgânica produzida por algas que causa o cheiro e o sabor de terra na água, mas não faz mal a saúde. 

 

Hélio Cabral admitiu, no entanto, que não sabe o que poderia estar causando a turbidez da água que chega a população (a giosmina não provoca turbidez). "Isso terá que ser investigado caso a caso", disse. "Pode ser um bicho morto, uma caixa d'água suja."

 

Ele disse que continua bebendo a água da Cedae que sai da torneira de sua casa, mas não aceitou o desafio dos jornalistas de beber a água turva que tem chegado a parte da população. "Bebo água da minha casa", limitou-se a dizer. O diretor da Cedae afirmou que a companhia não tem planos de reduzir o valor da conta de água ou ressarcir a população por conta do problema. "O cidadão tem o direito de reivindicar os seus direitos," limitou-se a dizer.

 

Cabral garantiu também que a demissão de 54 funcionários da companhia ao longo deste ano não tem nenhuma relação com o problema é que eles sequer trabalhavam na área de controle de qualidade da água. O presidente da Cedae anunciou investimentos de R$ 750 milhões até 2022 para a modernização de Guandu.