"O Ministério da Saúde informa que a dengue é uma doença sazonal, com maior ocorrência dos casos no verão, período quente e chuvoso, propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Embora a circulação da doença seja dinâmica, podendo mudar em pouco tempo, o Ministério da Saúde alerta, neste momento, todos os estados da região Nordeste e os estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro, no Sudeste, sobre o possível aumento de casos da doença em 2020", diz trecho da nota divulgada ontem pela pasta.
O órgão acrescenta que o alerta é necessário porque, no fim de 2018, o tipo 2 do vírus da dengue voltou a circular depois de dez anos e, desde então, tem encontrado populações suscetíveis à doença. O ministério esclarece também que existem quatro tipos de vírus da dengue (sorotipos 1, 2, 3 e 4).
"Cada pessoa pode ter os 4 sorotipos da doença, mas a infecção por um sorotipo gera imunidade permanente para ele. O sorotipo 2 que está circulando em algumas regiões do Brasil, tem um potencial de vírus maior de manifestação grave", explica outro trecho do comunicado.
Em 2019, segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 1.544.987 casos de dengue no país, um aumento de 488,3% em comparação com os 262.594 confirmados em 2018. Já em relação às mortes, houve um salto de 289% nos dados de 2019 (782) em relação a 2018 (201).
"Em 2019, a pasta lançou uma campanha para mobilizar a população e garantir que não apareça (sic) novos focos do Aedes aegypti. A ação, que teve seu período de veiculação adiantado para setembro, reforça a necessidade de manter a mobilização nacional durante todo o ano, e não apenas nos períodos críticos, de chuva e calor", informa a nota do ministério. "A medida traz mais tempo aos gestores locais e a população para desenvolverem ações estratégicas no combate ao Aedes aegypti, de acordo com a realidade de cada região", acrescenta.
Segundo o Ministério da Saúde, a melhor forma de prevenção da dengue é impedir a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Nesse sentido, as pessoas devem eliminar o acúmulo de água parada, que pode se tornar um possível criadouro do mosquito transmissor em vasos de plantas, latões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.
Chikungunya
Ainda segundo o órgão, o país registrou, no ano passado, 132.205 casos de Chikungunya, também transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. Esse número representa um aumento de 52,3% em relação aos dados de 2018 (86.770). Quanto às mortes, houve um salto de 104,4% se comparados os anos de 2019 (92) e 2018 (45).
Zika
Com relação à zika, igualmente transmitida pelo Aedes Aegypti, foram 10.708 os casos registrados em 2019, um acréscimo de 30% na comparação com os 8.219 de 2018. Já em relação às mortes, houve queda de 50% nos dados de 2019 (3) em relação a 2018 (6).
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