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Mais seis cervejas da Backer estão contaminadas; confira a lista

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) identificou a presença dos contaminantes monoetilenoglicol e dietilenoglicol em oito produtos da cervejaria mineira

Correio Braziliense
postado em 16/01/2020 18:09
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) identificou a presença dos contaminantes monoetilenoglicol e dietilenoglicol em oito produtos da cervejaria mineiraAlém da contaminação em garrafas das cervejas Belorizontina e Capixaba, os compostos químicos monoetilenoglicol e dietilenoglicol foram encontrados em mais seis marcas produzidas pela empresa mineira Backer. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), também foram constatadas moléculas das substâncias nas cervejas Capitão Senra, Pele Vermelha, Fargo46, Backer Pilsen, Brown e Backer D2.

A análise da pasta ainda revelou que subiu para 21 a quantidade de lotes das bebidas fabricadas pela Backer que contam com a presença de um ou de ambos os componentes químicos, que são altamente tóxicos e nocivos à saúde quando ingeridos (veja a relação completa ao final da matéria).

"O ministério segue atuando nas apurações administrativas para identificar as circunstâncias em que os fatos ocorreram e tomando as medidas necessárias para mitigar o risco apresentado pelas cervejas contaminadas. Ressaltamos que a empresa permanecerá fechada até que se tenha condições seguras de operação e os produtos somente serão liberados para comercialização mediante análise e aprovação do Mapa", informou o ministério, em comunicado oficial nesta quinta-feira (16/1). 

Saiba Mais

O Mapa garante que a contaminação das bebidas aconteceu na fábrica da Backer. Segundo o coordenador-geral de Vinhos e Bebidas do ministério, Carlos Vitor Müller, a principal suspeita é a de que a falha tenha acontecido durante o resfriamento, uma das etapas de produção das cervejas. Ele explicou que o monoetilenoglicol ou o dietilenoglicol podem ter entrado em contato com a água gelada utilizada para se resfriar o mosto, líquido proveniente da mistura entre malte moído e água quente. Por causa da troca de calor, essa água fica quente e, posteriormente, é reaproveitada em outras etapas da produção — o que pode ter comprometido outras fases da fabricação.

No entanto, a forma como se deu essa contaminação não está clara. Isso porque as substâncias químicas deveriam ser utilizadas como agentes refrigerante do processo de produção da cerveja em uma etapa seguinte, que é a de fermentação. Nesse momento, os tanques que recebem o mosto precisam manter uma temperatura mais baixa e, por isso, eles são resfriados pelo lado fora por líquidos como o monoetilenoglicol e o dietilenoglicol. Contudo, eles não devem entrar em contato com a cerveja.


Lotes das cervejas Backer contaminadas com monoetilenoglicol e de dietilenoglicol


Monoetilenoglicol


Belorizontina - L2 1354* 
Belorizontina - L2 1348 
Capixaba - L2 1348 
Belorizontina - L2 1197 
Belorizontina - L2 1593 
Belorizontina - L2 1557
Belorizontina - L2 1604 
Belorizontina - L2 1474

Dietilenoglicol


Belorizontina - L2 1354*
Belorizontina - L2 1348 
Capixaba - L2 1348 
Belorizontina - L2 1197 
Belorizontina - L2 1455 
Belorizontina - L2 1464
Capitão Senra - L2 1609
Capitão Senra - L2 1571  
Pele Vermelha - L1 1448
Pele Vermelha - L1 1345
Fargo46 - L1 4000
Backer Pilsen - L1 1549
Backer Pilsen - L1 1565
Brown - 1316
Backer D2 - L1 2007
Belorizontina - L2 1593 
Belorizontina - L2 1557
Belorizontina - L2 1604 
Belorizontina - L2 1474
Belorizontina - L2 1546 
Belorizontina - L2 1487

* Análise realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais

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