Correio Braziliense
postado em 17/01/2020 04:14
A desigualdade social afeta diretamente Cícera Jocelany dos Santos, 34 anos, moradora da Estrutural, que não consegue a carteira de trabalho assinada por morar em uma região pobre e que não concentra grandes empresas. Se morasse em um lugar mais próximo das oportunidades de trabalhar, acredita que as chances seriam melhores e mais diversificadas.
“Já perdi as contas de quantas vezes eu não consegui o emprego porque moro longe. Boa parte dos serviços com salários maiores são distantes”, acrescentando que o sofrimento ainda é agravado pela ausência de transporte público de qualidade.
“Não me ajuda em quase nada. Quando preciso, demora muito pra passar”, criticou.
Também moradora da Estrutural, Maria Aparecida Viana, 44 anos, perdeu as contas de quantas vezes foi mal atendida nos hospitais públicos. Na visão dela, isso ocorre por conta de sua condição social. Depois de ser atropelada em uma faixa de pedestre, enquanto se deslocava para catar material reciclável no lixão, ficou dias sem ser atendida com a perna quebrada.
“Demorou demais para sair a cirurgia, e quando finalmente saiu já estava tudo infeccionado. Quase perdi minha perna por conta da irresponsabilidade deles”, acusa.
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