Correio Braziliense
postado em 22/01/2020 19:51
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou, na tarde desta quarta-feira (22/1), que monitora dois casos de pessoas que apresentaram os sintomas da intoxicação por dietilenoglicol antes de outubro deste ano.
O fato chama atenção pois as autoridades trabalham, até o momento, somente com contaminações a partir do décimo mês de 2019.
Ou seja, o parâmetro de tempo usado para definir o que é ou não caso suspeito pode ser ampliado para além de outubro do ano passado.
Contudo, a pasta estadual informou que ainda não pode listar os dois casos monitorados como suspeitos porque não há confirmação que os pacientes ficaram expostos ao dietilenoglicol.
Outro argumento usado para não listar os quadros como suspeitos é o fato de que outras doenças relacionadas aos sintomas da contaminação ainda não foram descartadas pela saúde pública.
Enquanto isso, os números de casos suspeitos e o de mortes pela contaminação continua os mesmos: 22 e quatro, respectivamente.
Das quatro mortes, uma já foi confirmada que aconteceu pela ingestão da substância tóxica: Paschoal Demartini Filho, bancário de 55 anos e morador de Juiz de Fora, na Zona da Mata.
Em outros três pacientes, que continuam vivos, a Saúde também encontrou o dietilenoglicol na corrente sanguínea deles.
Saiba Mais
Investigação criminal
Ao mesmo tempo que a Secretaria de Saúde conduz a investigação epidemiológica, a Polícia Civil dá sequência aos trabalhos na esfera criminal.
Só nesta semana, a instituição ouviu 12 pessoas: duas nesta quarta, cinco na terça, outras quatro na segunda e mais uma em Viçosa, na Zona da Mata mineira.
Todas as testemunhas são parentes das vítimas. Uma das pessoas ouvidas é familiar de outra que perdeu a vida pela contaminação. O objetivo da polícia com os depoimentos é entender “os acontecimentos que antecederam à intoxicação”.
Ainda na investigação criminal, a polícia ainda estuda as amostras de produtos recolhidos na Backer e na empresa terceirizada que vendia para a cervejaria a substância monoetilenoglicol.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.