Brasil

Governo aciona alerta

De acordo com nota divulgada pelo Ministério da Saúde, a internacão da paciente de 35 anos, em Belo Horizonte, não é um caso de infecção pelo agente que já matou 17 pessoas e contaminou outras 440 na China. Monitoramento agora é diário

Correio Braziliense
postado em 23/01/2020 04:33
Suposta contaminação foi afastada, em BH. Na China, autoridades estão vigilantes contra a propagação

O Ministério da Saúde negou, em nota divulgada ontem, que a internacão de uma paciente de 35 anos, no Hospital Eduardo Menezes, em Belo Horizonte, seja um caso suspeito de infecção pelo coronavírus 2019-nCoV, que já matou 17 pessoas e contaminou outras 440 na China. Porém, todo o aparato de alerta e acompanhamento de contra a propagação do agente está mantido pelo governo brasileiro.

As medidas preventivas incluem a notificação, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de todos os portos, aeroportos e fronteiras do país. O procedimento inclui também a orientação às equipes de vigilância sanitária desses locais para a detecção de casos suspeitos e utilização de equipamento de proteção individual (EPI), conforme descrito nos protocolos da Anvisa para capacidade e resposta a eventos de saúde pública.

De acordo com a nota do ministério, “o caso noticiado pela SES/MG (Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais) não se enquadra na definição de caso suspeito da Organização Mundial da Saúde (OMS), tendo em vista que o paciente esteve em Xangai, onde não há, até o momento, transmissão ativa do vírus. De acordo com a definição atual da OMS, só há transmissão ativa do vírus na província de Wuhan”, diz o comunicado.

A pasta instalou o Centro de Operações de Emergência (COE) — Coronavírus, que faz o monitoramento diário da situação junto à OMS, que acompanha a situação desde as primeiras notificações de casos, em 31 de dezembro de 2019. Também dará orientações sobre as ações que estão sendo implementadas no Brasil, além de recomendações para a rede pública de saúde.

O Ministério da Saúde informou ainda que notificou as secretarias de saúde dos estados e municípios, demais secretarias da pasta e outros órgãos federais, “com base em dados oficiais, evitando medidas restritivas e desproporcionais em relação aos riscos para a saúde e trânsito de pessoas, bens e mercadorias”.

Cuidados

Segundo ainda o comunicado, embora a causa da doença e do mecanismo de transmissão sejam desconhecidos no Brasil, o Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para a redução do risco geral de infecções respiratórias agudas.

“Entre as orientações estão: evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas; realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente; evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações”, alertou.

O esquema de alerta inclui ainda o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que notificou os órgãos responsáveis pelo setor de Vigilância Animal — pois a origem do agente estaria no mau acondicionamento e na falta de higiene de criadouros.

A OMS emitiu, no último dia 20, um alerta aos países-membros sobre o novo coronavírus (nCoV). A recomendação é que “os profissionais de saúde tenham acesso a informações atualizadas sobre a doença. Os trabalhadores também devem estar familiarizados com os procedimentos para obter informações sobre o histórico de viagens de um paciente, a fim de conectar essas informações aos dados clínicos”.

Os coronavírus (CoV) são uma grande família de vírus que causam doenças que variam do resfriado comum a doenças mais graves, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers-CoV) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars-CoV).


MP reitera sustar inscrições do Sisu
O Ministério Público Federal reiterou, ontem, a recomendação ao governo federal para que sejam suspensas as inscrições do Sistema de Seleção Unificada 2020, e que o cronograma da seleção unificada seja modificado. A primeira recomendação no mesmo sentido foi feita segunda-feira. O Ministério da Educação não é obrigado a cumpri-la, mas o MPF afirma que o “prazo para o acatamento é de 24 horas e seu descumprimento pode implicar a adoção de providências administrativas e judiciais cabíveis”. Segundo a nota do MPF, o novo pedido de suspensão é para garantir que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira tenha tempo de conferir os gabaritos de todos os candidatos do Exame Nacional do Ensino médio (Enem). A nota diz, ainda, que as queixas recebidas pela instituição têm sido muitas.




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