Correio Braziliense
postado em 28/01/2020 06:00
Saltou para 47 o número de mortes decorrentes das chuvas históricas que caíram em Minas desde quinta-feira passada, segundo o boletim divulgado pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), no início da noite desta segunda-feira (27/1). A esses óbitos, somam-se outros 11, registrados entre outubro e a semana passada, o que leva o total para 58. Em meio às notícias trágicas, um alívio: 13 das 19 pessoas que estavam desaparecidas até domingo fizeram contato com suas famílias ou foram localizadas com vida. Agora, são quatro desaparecidos.
A maioria das mortes está concentrada na Grande BH: 13 em Belo Horizonte, seis em Betim, cinco em Ibirité e duas em Contagem. No interior, os óbitos estão listados em 11 municípios da Zona da Mata: Alto Caparaó (quatro), Alto Jequitibá (três), Carangola (um), Divino (um), Luisburgo (dois), Manhuaçu (um), Pedra Bonita (três), Santa Margarida (um), Tocantins (um) e Simonésia (três).
Ainda de acordo com o balanço da Defesa Civil estadual, 17.935 pessoas estão fora de suas casas em Minas. O grupo se divide em 7.079 desalojados na Grande BH e 7.530 na mesma condição, no interior; e 3.386 desabrigadas, sendo 1.092 na Região Metropolitana de BH, e 2.294 no interior. Além disso, 65 pessoas ficaram feridas no estado – 54 na Grande BH e outras seis no interior.
Na corrida para ajudar as cidades, decreto do governo estadual, que foi publicado na manhã de ontem, reconheceu situação de emergência em 101 municípios. Na soma desde outubro, são 121 cidades em emergência. Já Carangola (Zona da Mata, Orizânia (Zona da Mata) e Ibirité (Grande BH) decretaram estado de calamidade pública.
Em BH, são dezenas de voluntários espalhados por diferentes pontos de apoio organizados para amparar quem precisa. Na sede do Serviço Social Autônomo (Servas), dois caminhões abastecidos com donativos deixaram o local no domingo a caminho das áreas afetadas. No mesmo dias, o governo federal garantiu que tem R$ 90 milhões para atender aos estados atingidos pelas enchentes.
Quem quiser fazer doações, pode contribuir com: colchões, lençóis, travesseiros, cobertores, roupas de cama, materiais de limpeza, materiais de higiene pessoal, alimento
não perecível e água mineral.
Entre os postos de doação estão: Servas (Avenida Cristóvão Colombo 683, bairro Funcionários); Unidades do Corpo de Bombeiros; Batalhões da Polícia Militar; e no jornal Estado de Minas (Avenida Getúlio Vargas 291, Funcionários).
*Estagiária sob supervisão de Regina Werneck
Mais de 30 atendimentos em 48h
As fortes chuvas que assolaram nos últimos dias provocaram grandes estragos na infraestrutura de transportes do país. O Ministério da Infraestrutura está prestando suporte ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que atendeu, só no fim de semana, mais de 30 ocorrências em rodovias federais da região Sudeste.
O ministro Tarcísio Gomes de Freitas, da Infraestrutura, por meio de uma rede social, elogiou a atuação do departamento.
Desde a sexta-feira, as equipes trabalham para recuperar trechos de rodovias. Na BR-474/MG, o trecho de 7km passa pela reserva legal da Mata do Feliciano e inundou. Na região do Caparaó (ES), houve queda de barreira na BR-262, na altura do km 168. O trânsito foi liberado na noite de domingo.
Em Realeza (MG), as equipes removeram a barreira que causou interrupção parcial do km 593 da BR-116. Outro deslizamento deixou a rodovia BR-262, no km 172, em Irupi (ES), bloqueada, mas o trânsito também já foi liberado.
No Rio de Janeiro, na BR-356, o Rio Muriaé continua com nível alto e interrompendo a rodovia. Na altura do km 32, próximo ao bairro Alphaville, chegada a Belo Horizonte, o tráfego chegou a ser operado pelo sistema Pare e Siga. Árvores bloquearam a BR-458 em Minas Gerais, no km 140, próximo a Ipatinga.
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