Correio Braziliense
postado em 30/01/2020 15:02
Os ministérios da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTCIC) e da Saúde lançaram, nesta quinta-feira (30/1), em Brasília, a Câmara da Saúde 4.0. O programa, além de proporcionar medidas que tornem a saúde pública mais tecnológica, também criará um ambiente de debates com membros de universidades e institutos de ciência e tecnologia; iniciativa privada; e demais atores relevantes para o tema. O anúncio do programa foi realizado pelos ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o do MCTIC, Marcos Pontes, que ainda assinaram um acordo de cooperação técnica, às 10h28, para a criação da Câmara da Saúde 4.0. Essa é a quarta câmara de discussões criada pelo governo de Jair Bolsonaro. As outras três que vieram antes, envolvem temas como indústria, infraestrutura (cidades inteligentes) e agronegócios.
A Câmara da Saúde 4.0 faz parte das ações que foram previstas na época do lançamento do Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT), em junho do ano passado. Essa proposta trata de uma revolução tecnológica com o foco de conectar os dispositivos utilizados no dia a dia à internet para facilitar e obter ganhos na eficiência de serviços por meio do IoT. A ideia é conectar o máximo de itens, isso vale para eletrodomésticos e meios de transportes por exemplo.
Na época em que foi implementada, a área da saúde era um dos temas prioritários identificados pelo Plano Nacional de Internet das Coisas. O programa será coordenado pelo Ministério da Saúde e terá a missão de transformar o sistema de saúde mais tecnológico e inovador, com intuito de acelerar o combate às doenças e diagnósticos de pacientes e na reorganização do sistema de dados de hospitais públicos e privados. O projeto terá prazo de um ano para apresentar os trabalhos desenvolvidos e poderá custar entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões, de acordo com Mandetta.
Uma das aplicações da internet das coisas permite monitorar os pacientes de maneira remota por dispositivos como roupas e relógios com sensores, aplicativos de celular, entre outros. Com isso, poderá identificar alterações ou qualquer tipo de incidência de doenças graves nos brasileiros e encaminhar as informações em tempo real para os prontuários eletrônicos de hospitais ou clínicas médicas. O que pode agilizar as tomadas de decisões e, assim, podendo salvar vidas. A pasta chefiada por Marcos Pontes ajudará em sistemas inteligência para o funcionamento do programa.
O ministro Mandetta, durante no discusso de apresentação, afirmou que o projeto piloto da Câmara da Saúde 4.0 começou em Alagoas, que, em sua avaliação, precisava urgentemente ser informatizado. Segundo ele, apenas 20% das equipes de saúde da família estavam computadorizadas. Ainda apontou que, inicialmente, serão recolhidas informações sobre o resumo da internação hospitalar, resultados de exames laboratoriais e entre outros para poder realizar avaliações e assim devolver esses dados trabalhados para os estados e municípios.
"Eles poderão construir soluções para entendimento sobre coberturas vacinais, enfrentamento de doenças como hanseníase e tuberculose, que a gente já deveria ter avançado nesse aspecto. Mas acreditamos que vai ser uma ferramenta muito importante. Essa vai ser uma câmera extremamente participativa", afirmou. "Em cima dessas plataformas, sonho com o dia em que os hospitais estarão todos integrados, mas isso tenho certeza que com o tempo e com muito trabalho, a gente vai chegar lá", concluiu Mandetta.
O acordo de cooperação técnica tem intuito de trazer discussões do uso desses dispositivos que serão usados para coletar as informações, se de fato melhorarão a efetividade da assistência à saúde por meio de monitoramento contínuo dos pacientes e da adoção de soluções de IoT.
* Estagiário sob supervisão de Vicente Nunes
* Estagiário sob supervisão de Vicente Nunes
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