Correio Braziliense
postado em 01/02/2020 04:12
A empresária e influenciadora digital Lorena Vieira vai processar o Banco Itaú por preconceito e racismo. Ela foi considerada suspeita de fraude por funcionários de uma agência do Rio de Janeiro, localizada no Mercado São Sebastião, depois de tentar desbloquear um cartão e sacar R$ 1,5 mil da própria conta. Os atendentes a fizeram esperar até que o local fechasse. Enquanto aguardava, ela foi surpreendida por policiais civis e levada para uma delegacia. Lorena desabafou nas redes sociais.
No momento da abordagem, outros clientes estavam na agência. Lorena é noiva do DJ Rennan da Penha, indicado ao Grammy Latino. Segundo ela, os funcionários da agência suspeitaram de fraude e, por causa disso, foi levada para a 22º Delegacia de Polícia (Penha) e interrogada.
Lorena disse que os agentes também agiram de maneira preconceituosa. “Falaram que não era eu na identidade, que o dinheiro que estava entrando na minha conta era fraude. Por quê? Eu não posso ter nada? Não posso trabalhar com produtos cosméticos e ganhar bem?”
Para o noivo de Lorena, a suspeita aconteceu porque ela está com os cabelos lisos na foto do documento de identidade e chegou à agência com os cabelos cacheados. “Constrangimento absurdo minha mulher ter que ir pra delegacia por causa disso e ainda ouvir desaforo”, criticou Rennan.
Em nota, o Itaú pediu desculpas pelos transtornos e afirmou que a polícia foi acionada com o “objetivo de proteger os recursos de Lorena de possível fraude”. Segundo a instituição, era difícil identificar a influenciadora com o documento apresentado no caixa.
“O Itaú esclarece que o procedimento adotado na agência é padrão em casos de suspeita de fraude, e não tem qualquer relação com questões de raça ou gênero. O Itaú acredita que toda forma de discriminação deve ser combatida”, afirmou a empresa no perfil do twitter da vítima.
Lorena não aceitou a explicação.“Vou atrás de quem for. Vou procurar um advogado e ver o que posso fazer. Não vou deixar isso passar”, garantiu.
A Polícia Civil também comentou o caso. Informou, por nota, que “uma equipe foi até a agência do banco Itaú (...). Os policiais convidaram a mulher a acompanhá-los à delegacia, que fica próxima ao local, para verificar a autenticidade do documento. Após ela concordar, eles foram à unidade em viatura descaracterizada, onde foi constatado que o documento era verdadeiro e ela foi liberada”, diz o texto.
Caso do ABC: novas prisões são pedidas
A Polícia Civil pediu novas prisões de suspeitos de participação na morte uma família em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Os corpos de Flaviana Gonçalves, de 40 anos, Romuyuki Gonçalves, de 43, e do filho do casal, Juan Victor Gonçalves, de 15, foram encontrados carbonizados no porta-malas de um carro, na madrugada de terça-feira. Ontem, foram indiciadas a filha do casal, Ana Flávia Gonçalves, de 24 anos, e a namorada dela, Carina Ramos, de 31. Uma testemunha disse ter visto uma movimentação na casa da família no dia do crime, com o posicionamento do carro do casal de ré, que pareceu estar assim para realizar um carregamento. A polícia suspeita que os corpos tenham sido colocados no porta-malas nesse momento.
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