Correio Braziliense
postado em 01/02/2020 04:12
» MARIA EDUARDA CARDIMO número de casos suspeitos de coronavírus no Brasil aumentou. De acordo com o boletim do Ministério da Saúde divulgado ontem, 12 casos são considerados suspeitos. Estão sendo monitorados no Ceará (1), no Paraná (1), no Rio Grande do Sul (2), em Santa Catarina (1) e em São Paulo (7). A pasta também informou que 10 foram descartados. Como não houve nenhuma confirmação até agora, o Centro de Operações de Emergência (COE) se mantém no nível 2, de perigo iminente. Mesmo assim, a pasta afirmou que iniciou um processo de aquisição de insumos necessários para lidar com o agente biológico, como máscaras e luvas.
Entre os casos descartados, está o primeiro que foi considerado suspeito no Brasil. Os exames da estudante de 22 anos de Belo Horizonte, que esteve na cidade de Wuhan, epicentro da doença, não foram compatíveis com o novo coronavírus. De acordo com o secretário executivo da pasta, João Gabbardo, três técnicas diferentes foram utilizadas nos exames da paciente, e todas deram negativo.
“Estamos afastando esse caso e ele está sendo descartado”, afirmou. Nenhum dos testes identificou o provável vírus que causou os sintomas na mulher.
A jovem, que chegou de Wuhan ao Brasil no último dia 24, estava isolada no Hospital Eduardo de Menezes, na capital mineira, e os 14 contatos mais próximos dela estavam sendo monitorados diariamente. No entanto, a paciente não precisa mais ficar em quarentena e o acompanhamento das pessoas não é necessário.
“A vida delas é normal, não é necessário ter nenhum tipo de precaução. Não há nenhuma recomendação a partir de agora”, explicou o diretor do departamento de imunização e doenças transmissíveis, Julio Croda.
Dos 12 casos, dois têm histórico de viagem para a cidade de Wuhan. Ambos são de São Paulo. Outras oito suspeitas estiveram na China. Dois não viajaram àquele país, mas tiveram contato próximo com possíveis infectados.
Equipamentos
Entre os que continuam sendo investigados, quatro pacientes passaram por uma primeira etapa de exames, na qual é realizado um teste do painel viral, mas a origem da doença ainda não foi identificada. Por isso, esses suspeitos são encaminhados para uma investigação mais específica. Os oito restantes ainda estão na primeira fase dos exames e aguardam os primeiros resultados.
A pasta anunciou que já iniciou um processo de aquisição de equipamentos de proteção individual, como máscaras, toucas, luvas descartáveis e protetores oculares. Esses insumos serão distribuídos para pessoas que podem entrar em contato com casos considerados suspeitos, como médicos, enfermeiros e funcionários de aeroportos.
“A aquisição desses insumos será uma compra emergencial. Por isso, em uma semana teremos o resultado dessa licitação e, na próxima semana, poderemos fazer as aquisições”, disse Gabbardo.
Além disso, o ministério também planeja o lançamento de uma campanha publicitária que dá orientações de prevenção ao coronavírus. De acordo com o secretário executivo, a campanha deve ser veiculada nos “próximos dias” em todos os meios de comunicação.
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