Brasil

Miliciano ligado a gabinete de Flávio Bolsonaro escapa da polícia na Bahia

Adriano Magalhães da Nóbrega é acusado de ser o chefe do Escritório do Crime, milícia que atua na zona oeste do Rio

Correio Braziliense
postado em 02/02/2020 17:31

Nóbrega está foragido desde janeiro de 2019A pedido da Polícia Civil do Rio, a Polícia Civil da Bahia realizou, na última sexta-feira (31/1), uma operação para tentar prender o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope, a tropa de elite da Polícia Militar do Rio) Adriano Magalhães da Nóbrega, acusado de ser o chefe do Escritório do Crime, milícia que atua na zona oeste do Rio. Ele não foi encontrado.

 

Nóbrega está foragido desde janeiro de 2019, quando teve sua prisão decretada sob acusação de liderar a milícia Escritório do Crime. Ele também é acusado de se beneficiar do suposto esquema de "rachadinha" que, segundo o Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ), funcionou no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (filho do presidente Jair Bolsonaro e hoje senador pelo Rio de Janeiro, sem partido) durante seus mandatos.

A mãe e a ex-mulher de Nóbrega, Raimunda Veras Magalhães e Danielle Mendonça da Costa Nóbrega, respectivamente, trabalharam como assessoras no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), durante o período investigado. Nóbrega foi preso três vezes enquanto era policial militar, acusado inclusive por homicídio (crime do qual acabou absolvido) e foi exonerado da PM em janeiro de 2014, acusado de atuar como segurança de um contraventor.

 

A Polícia Civil do Rio informou ter sabido que o ex-PM estava na Bahia. Como só pode atuar no próprio Estado, solicitou à Polícia Civil da Bahia que tentasse prendê-lo, e enviou um delegado e dois agentes para acompanhar a operação. A equipe de policiais civis foi até a casa onde a família de Nóbrega está hospedada, mas não o localizou - só estavam a mulher e duas filhas dele. Segundo a Polícia Civil do Rio, o ex-PM esteve lá nos dias anteriores, mas conseguiu fugir antes da chegada dos policiais. A reportagem não conseguiu contato com a Polícia Civil da Bahia neste domingo (2).

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