Brasil

Polícia conclui investigação sobre mortes de garotos no CT do Flamengo

A corporação manteve o indiciamento de oito pessoas, entre elas o ex-presidente do clube Eduardo Bandeira de Mello. A tragédia completa um ano neste sábado (8/2)

Correio Braziliense
postado em 07/02/2020 18:58
Centro onde aconteceu a tragédiaA Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) concluiu e encaminhou ao Ministério Público do Rio (MPRJ) o inquérito sobre o incêndio que matou 10 garotos no Centro de Treinamento do Flamengo, o Ninho do Urubu. No documento, a corporação manteve o indiciamento de oito pessoas, entre elas o ex-presidente do clube Eduardo Bandeira de Mello. A tragédia completa um ano neste sábado (8/2).

As investigações já haviam sido feitas pelo 42° DP (Recreio) em junho do ano passado, mas o MP pediu novas diligências. "A unidade estava realizando apenas diligências solicitadas pelo MP que foram concluídas e encaminhadas ao órgão para serem anexadas ao procedimento", informou a corporação nesta sexta-feira (7/2).

A reparação ao núcleo familiar dos atletas vem sendo tratada na esfera cível, e as responsabilidades sobre o incêndio, na criminal, que depende de novos esclarecimentos pedidos pelo MPRJ à Polícia Civil.

Ações individuais

Saiba Mais

As oito pessoas foram indiciadas por homicídio e tentativa de homicídio com dolo eventual. Assim como o MP, parte das famílias dos adolescentes aguardavam a conclusão do inquérito para entrar na Justiça com ações individuais contra o Flamengo. Somente uma mãe de vítima processou o clube até agora.

O incêndio , que ficava em contêineres no próprio centro de treinamento. A maioria dos atletas conseguiu sair com vida, mas morreram naquele dia: Athila Paixão, 14 anos; Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas, 14; Bernardo Pisetta, 14; Christian Esmério, 15; Gedson Santos, 14; Jorge Eduardo Santos, 15; Pablo Henrique da Silva, 14 anos; Rykelmo de Souza Vianna, 16; Samuel Thomas Rosa, 15; e Vitor Isaías, 15.

Também nesta sexta-feira, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Incêndios na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) ouviu familiares das vítimas. Nenhum membro da diretoria do clube compareceu, apesar de convocados.
 

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