Correio Braziliense
postado em 11/02/2020 04:15
O Ministério da Saúde lançou a nova etapa de vacinação contra o sarampo, com foco na imunização de brasileiros entre 5 e 19 anos. A dose da vacina pode ser tomada em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS). O dia D de mobilização está marcado para 15 de fevereiro, quando os postos de saúde estarão abertos para vacinação do público-alvo. Os horários de abertura dos postos mudam conforme a região.
A campanha contra o sarampo integra um conjunto de ações para imunizar a população contra doenças que haviam sido eliminadas. Além de apresentar a caderneta de vacinação, quem tomar a primeira dose precisa retornar aos postos de saúde 30 dias depois para se submeter à segunda medicação. Quem se vacinou e tomou as doses exigidas não precisa participar do novo cronograma.
O governo federal tem 3,9 milhões de doses da vacinas disponíveis para a campanha, o que representa 9% a mais do que o solicitado pelos estados. Algumas unidades da Federação contam com estoques de vacinas. A meta do ministério é vacinar pelo menos 3 milhões de crianças e jovens. No Distrito Federal, o objetivo é imunizar 12.710 pessoas. Goiás (79.574) segue com a maior meta entre os estados que incluem a região Centro-Oeste. Mato Grosso do Sul (47.296) e Mato Grosso (28.984) surgem logo em seguida. O investimento para a campanha de vacinação é de R$ 15 milhões.
O sarampo é uma doença infecciosa grave, ocasionada por um vírus que pode ser letal. A transmissão ocorre por meio da tosse, fala, espirro ou respiração de pessoas contaminadas. A única maneira eficaz de evitar o sarampo é por meio da vacina. Os principais sintomas surgem entre 10 e 14 dias e ocasionam febre acompanhada de tosse, irritação nos olhos, nariz congestionado ou com corisa escorrendo e mal-estar intenso. Outros sinais podem surgir como manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas que ainda podem se espalhar pelo corpo. Entre as complicações mais comuns decorrentes do sarampo estão infecções bacterianas como pneumonia ou otite (inflamação no ouvido). Também podem ocorrer sequelas mais graves, como encefalite (infecção cerebral) e lesões cerebrais.
Segundo levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde, 18.203 casos da doença foram confirmados no país em 2019. O surto começou em julho e perdeu força em outubro. As autoridades registraram 15 mortes: 14 em São Paulo e uma em Pernambuco. Em todo o Brasil, 9% dos municípios tiveram casos constatados em 2019. Entre as vítimas, 17% tinham entre 5 a 19 anos. Em 2020, as autoridades detectaram 202 casos, dos quais 74,3% estão concentrados na Região Sudeste (São Paulo e Rio de janeiro). Até o momento, não há mortes provocadas pela doença no Brasil em 2020.
Em 2019, São Paulo respondeu por 16.090 ocorrências. De janeiro até o momento deste ano de 2020, o estado continua a liderar o número de contaminações, 77 casos, seguido por Rio de Janeiro (73), Paraná (27), Santa Catarina (22) e Pernambuco (3). Pará, Alagoas, Minas Gerais e Rio Grande do Sul ainda não confirmaram sinais da doença em 2020 e estão sob monitoramento por causa dos casos registrados em 2019.
* Estagiário sob supervisão
de Carlos Alexandre de Souza
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