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Correio Braziliense
postado em 13/02/2020 04:04

Terra critica tese
de que maconha
seja “medicinal”

O ministro da Cidadania, Osmar Terra, criticou, ontem, a tese de que a maconha possa ser considerada medicinal. “Não é. O óleo da maconha tem 480 substâncias que causam dano permanente”, apontou. Ele costuma ressaltar os malefícios que podem ser causados pelo consumo da planta, e se opõe à legalização das drogas. Depois da participação no seminário, a assessoria do ministro esclareceu que as declarações dele não contradizem com a posição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Ansiva), ligada ao Ministério da Saúde, que permite uso de remédios à base de canabidiol — usado sobretudo para conter crises convulsivas. De acordo com a assessoria, a posição de Terra ressalta que o fato de uma substância extraída da maconha trazer benefícios não torna a planta medicinal.


CNH será
suspensa por
homicídio culposo

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, ontem, que o motorista profissional que for condenado por homicídio culposo — quando não tem intenção de matar — pode ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa e ficar impossibilitado de dirigir. Os ministros decidiram sobre um caso julgado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que negou a retirada da carta de um motorista de ônibus da cidade de Barbacena (MG), condenado por homicídio doloso. O TJMG decidiu que seria suprimido o direito do réu ao trabalho, mas, para o Supremo, primeiramente é necessário proteger o direito à saúde da coletividade. Para o ministro Luís Roberto Barroso, relator da ação, o direito ao trabalho não é absoluto. Rosa Weber, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio de Mello e o presidente da Corte, Dias Toffoli votaram no mesmo sentido.


Ordenação de
casados não
está afastada

O papa Francisco não cita a proposta de ordenar homens casados na Amazônia como padres, no documento Exortação Apostólica Pós-Sinodal Querida Amazônia, publicado ontem. A ideia havia sido levantada no relatório do Sínodo para a Amazônia, em outubro do ano passado, no Vaticano. Mas, ao Correio, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, negou que o sumo pontífice tenha descartado a proposta. Conforme frisou, Francisco disse que não retomaria o documento final do Sínodo em sua exortação, mas salientou que se trata de um relatório importante. Conforme dom Walmor, o papa pede na exortação que haja um estudo concreto sobre como os serviços na igreja são prestados por homens e mulheres consagrados. “Tem um processo que tem que ser feito. Ele não faz nenhum descarte”, explicou.

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