Brasil

PF põe 'Narcos' contra tráfico internacional de cocaína e armas em aeronaves

Correio Braziliense
postado em 13/02/2020 12:52
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira, 13, a Operação Narcos, para desarticular um grupo que atuava em diferentes Estados com tráfico de drogas e armas e lavagem de dinheiro. Segundo os investigadores, a organização é ligada à uma facção e trazia drogas da Bolívia, principalmente cocaína, por meio de aeronaves e caminhões. Os entorpecentes eram então revendidos no mercado interno ou enviados para outros Países por navios. Segundo o Ministério Público Federal, a grupo fazia uso de aeródromos localizados em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará e Amazonas. Os policiais federais cumpriram 24 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de prisão - 16 preventivas e uma temporária, sendo que quatro preventivas eram referentes a pessoas que já estavam presas. A ação teve apoio da Polícia Rodoviária Federal, da Agência Nacional de Aviação Civil - Anac e da Polícia Civil. As ordens foram realizadas em endereços de Balneário Camboriú, Bombinhas, Brusque, Canelinha, Florianópolis, Itapema e Porto Belo, em Santa Catarina, Eunápolis e Porto Seguro, na Bahia, Governador Valadares, em Minas Gerais, Linhares, no Espírito Santo, e Canoas, no Rio Grande do Sul. A 1ª Vara Federal de Itajaí determinou ainda o sequestro de carros e imóveis dos envolvidos, muitos deles de alto padrão, incluindo apartamentos em Itapema, Bombinhas, Porto Belo e um sítio em Canelinha, em Santa Catarina. Também foi decretado o bloqueio de contas de 25 investigados. As medidas foram tomadas após a investigação identificar que os investigados possuíam patrimônios milionários registrados em seus próprios nomes e nos de terceiros - parentes, empresas e outros "laranjas". A Polícia Federal indicou que durante a investigação foram apreendidas quase duas toneladas de cocaína, além 12 aeronaves. Durante tais diligências, alguns integrantes do grupo foram presos em flagrante, sendo um deles um dos líderes - detido em 2019 no Pará. A corporação afirmou ainda que há fortes indícios de que a quadrilha fazia parte de uma facção criminosa e também atuava no contrabando de armas de calibre restrito. Os investigados poderão ser indiciados pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem ultrapassar 30 anos.

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