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Justiça acata pedido do MP e bloqueia bens da Backer

Ação foi protocolada pela promotoria na última terça-feira e aceita pelo judiciário nesta sexta, em julgamento ocorrido no Fórum Lafayette, em BH

Correio Braziliense
postado em 14/02/2020 19:39

Ação foi protocolada pela promotoria na última terça-feira e aceita pelo judiciário nesta sexta, em julgamento ocorrido no Fórum Lafayette, em BHO Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) acatou o pedido do Ministério Público estadual e bloqueou parte dos bens da cervejaria Backer, principal suspeita de ter causado a intoxicação exógena de dezenas de pessoas. Os valores, segundo o portal G1, chegam a R$ 100 milhões.

 

Na ação, a promotoria mineira alegou que a Backer não cumpriu medidas do acordo extrajudicial firmado com o MPMG. Segundo o órgão, a companhia de bebidas artesanais negou “apoio aos consumidores que ingeriram as cervejas colocadas no mercado de consumo”.

 

Em nota, a Backer informou que a fundamentação da promotoria não procede. “Diferentemente do alegado, (o acordo) foi integralmente cumprido pela Backer”, informou a cervejaria. “A empresa está tomando as medidas cabíveis visando prevalecer a verdade dos fatos”, completou.

 

Ainda na ação judicial, o Ministério Público pedia que a Backer custeasse o tratamento das vítimas ainda hospitalizadas e pagasse salário para aqueles que estão impossibilitados de trabalhar.

 

Contudo, como o processo tramita em segredo judicial, não é possível saber se essas solicitações da promotoria também foram acatadas.

 

Até o momento, são 34 vítimas com suspeita de intoxicação por dietilenoglicol. A susbtância tóxica foi encontrada em 41 lotes de 10 rótulos da cervejaria e, quando ingerida, se torna compatível aos sintomas manifestados pelos internados.

Investigação policial

A Polícia Civil estende, a partir de agora, o inquérito sobre a contaminação das cervejas da Backer, passando a investigar pacientes com o mesmo quadro em período anterior, no caso, desde 2018. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa na 4ª Delegacia de Polícia Civil, no Bairro Estoril, no Oeste de Belo Horizonte, nesta sexta-feira.

 

“Há uma coincidência pregressa, que é o consumo de cerveja. Temos pessoas com debilidade pequena mas temos pessoas em condições graves”, disse o delegado Flávio Grossi, responsável pelo caso.

 

Quanto aos exames de sangue que ainda faltam, a polícia prevê que os resultados estarão disponíveis em 15 dias, a partir da semana que vem.

 

Esses exames analisarão a presença não só do dietilenoglicol, mas também para o monoetilenoglicol, outro composto orgânico tóxico encontrado em cervejas da marca.

 

 

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