Correio Braziliense
postado em 20/02/2020 11:43
Suzane von Richtofen, condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais, perdeu o semestre na faculdade de gestão de turismo no Instituto Federal de São Paulo (IFSP) após faltar as aulas por dez dias seguidos.
Segundo o regulamento da instituição, são considerados desistentes os aprovados que não fizerem matrícula ou que não participassem dos dez primeiros dias de aulas sem apresentação de justificativa. O prazo foi encerrado na terça-feira (18).
“Serão considerados desistentes os candidatos aprovados em processo seletivo que não efetuarem a matrícula no prazo, bem como os estudantes matriculados que não frequentarem os 10 (dez) primeiros dias úteis de atividades acadêmicas, sem apresentação de justificativa devidamente comprovada e atestada, a ser analisada pela Coordenadoria Sociopedagógica”, diz o artigo 53 da organização didática do Instituto Federal.
Suzane tentava na Justiça permissão para frequentar as aulas do curso. Ela está presa na Penitenciária Feminina de Tremembé, distante 45km do IFSP. A detenta conseguiu a vaga após prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em 2019, e passou na oitava posição para o curso utilizando a nota no Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
Em nota, a IFSP informou que "caso ela seja liberada após os 10 dias úteis, uma justificativa deverá ser analisada, porém, até o momento, não tivemos informações da Justiça sobre o caso". De acordo com o Tribunal de Justiça, o processo corre sob sigilo.
Esta é a terceira vez que Suzane é aprovada no vestibular. Ela também tentou cursar administração na Universidade Anhanguera de Taubaté, em 2016, e na faculdade católica Dehoniana, em 2017, mas não se matriculou por meio de represálias dos colegas.
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