Correio Braziliense
postado em 24/02/2020 08:30
Os alertas mundiais sobre coronavÃrus entraram em um novo patamar nas últimas 48 horas, com mais relatos fora da China, toques de recolher e fechamento de fronteira. "O Covid-19 (nome técnico do novo coronavÃrus) já põe em risco a economia mundial", disse no domingo Kristalina Georgieva, chefe do Fundo Monetário Internacional, na reunião do G-20.
O presidente chinês, Xi Jinping, admitiu que o paÃs vive sua maior crise sanitária desde 1949, quando se iniciou o regime comunista, e considerou que houve "deficiências" no combate inicial. O vÃrus, relatado no fim de dezembro em Wuhan, já causou 2.445 mortes e contaminou 78 mil.
No entanto, o ritmo de avanço nos relatos diminuiu na China - e passou a preocupar mais em outros paÃses. A Coreia do Sul, com 602 casos de contágio, é quem mais preocupa. E o presidente, Moon Jae-in, considera que os "próximos dias serão essenciais para o controle".
Além disso, frente à multiplicação de casos no Irã, que já teve 8 mortes, Turquia, Jordânia, Paquistão e Afeganistão fecharam fronteiras e restringiram suas viagens.
A Itália decretou toque de recolher em 11 municÃpios em que casos de coronavÃrus foram confirmados - afetando cerca de 60 mil pessoas.
O famoso carnaval de Veneza foi cancelado na tentativa de impedir a propagação do vÃrus. O número de diagnosticados com coronavÃrus no paÃs é de 152 - foram reladas três mortes.
Autoridades da região norte, onde se concentram os casos, decidiram fechar escolas, museus, teatros, cinemas. Até mesmo a catedral de Milão - o célebre Duomo - foi fechada.
França, SuÃça e Ãustria informaram estar em alerta com a situação no paÃs vizinho. O ministro da Saúde francês, Olivier Veran, considera "muito provável" que surjam mais casos no paÃs.
Futuro
Um estudo do Imperial College de Londres, recém-divulgado, estima que "dois terços dos infectados com o coronavÃrus na China não foram detectados antes de deixar o paÃs".
A Organização Mundial da Saúde (OMS), por sua vez, passou a ver "com cuidado" relatos envolvendo pessoas que não estiveram na China. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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